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Empreiteira já sofreu condenação em Matão
MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Leão Leão foi condenada pela
Justiça em primeira instância, em
2002, por uma fraude ocorrida em
Matão (SP) em 1999, na gestão do
prefeito Adauto Scardoelli (PT). A
empresa tem como vice-presidente Rogério Buratti, ex-secretário de Governo do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) na
Prefeitura de Ribeirão Preto (SP).
Na época, Buratti era consultor
da Leão Leão. Nos dois anos anteriores, havia trabalhado como assessor especial de Scardoelli.
A condenação proibia a Leão
Leão de fazer contratos com a administração pública por três anos.
A empresa recorreu. A condenação ocorreu porque a Leão Leão e
uma outra empresa (construtora
Carvalho), controlada por ela,
participaram de uma mesma licitação, o que é vetado pela lei. Participou também a Engenharia e
Comércio Bandeirantes, que foi
citada num boletim da Leão Leão
como "uma parceira forte".
As duas primeiras empresas
doaram, no total, R$ 150 mil à
campanha de Palocci à Prefeitura
de Ribeirão, em 2000. Elas têm os
mesmos donos, segundo cópias
do contrato social obtidas pelo
Ministério Público.
Além disso, a obra contratada
pela Caema (Companhia de
Águas e Esgoto de Matão) estava
concluída em 1º de outubro de
1999, segundo documentação obtida pela Promotoria, mas a licitação só foi aberta dez dias depois.
Esse não é o único caso envolvendo a Leão Leão e o município.
Uma comissão de inquérito da
Câmara de Matão, concluída há
menos de um mês, constatou irregularidades num contrato de
2000, último ano da gestão de
Scardoelli. Na época, o secretário
da Administração e da Fazenda
era Ralf Barquete Santos, atual assessor da CEF e secretário da Fazenda na segunda gestão de Palocci em Ribeirão (2001-2002).
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