São Paulo, terça-feira, 17 de abril de 2007

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Alvo em SP foi o segundo da PF na gestão Collor

MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O único alvo da Operação Hurricane em São Paulo, o advogado Oscar Camargo Costa Filho, teve seu escritório na av. Paulista e sua casa em Campinas revistados pela Polícia Federal na última sexta-feira. A operação de busca e apreensão visava recolher material para comprovar algumas hipóteses levantadas durante o período em que os telefones de Costa Filho foram monitorados. A principal delas é que ele usava sua amizade com delegados da PF para liberar máquinas de caça-níqueis apreendidas.
Costa Filho é delegado aposentado da PF e já ocupou o segundo cargo mais importante na hierarquia do órgão, durante o período em que Romeu Tuma era o "xerife", no governo Collor (1990-1992).
A assessoria do hoje senador Tuma (DEM, ex-PFL-SP) confirma que Costa Filho foi seu assessor, mas não por escolha dele. Costa Filho subiu na PF porque foi superintendente do órgão em Alagoas e era amigo dos amigos de Collor. Ele também ocupou a superintendência no Espírito Santo e no Distrito Federal.
Há acusações de irregularidades contra Costa Filho quando era o segundo homem da PF e também como superintendente no Espírito Santo. Em 1991, ele foi acusado de tentar livrar os doleiros Habib Salim El Chater e seu filho Carlos Salim de um flagrante. Tuma foi padrinho de casamento de uma filha de Habib. No ES, o delegado teria se alinhado no final dos anos 80 com o crime organizado. O então delegado refutou ambas as acusações à época.


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