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Alvo em SP foi o segundo da PF na gestão Collor
MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O único alvo da Operação Hurricane em São
Paulo, o advogado Oscar
Camargo Costa Filho, teve
seu escritório na av. Paulista e sua casa em Campinas revistados pela Polícia
Federal na última sexta-feira. A operação de busca
e apreensão visava recolher material para comprovar algumas hipóteses
levantadas durante o período em que os telefones
de Costa Filho foram monitorados. A principal delas é que ele usava sua amizade com delegados da PF
para liberar máquinas de
caça-níqueis apreendidas.
Costa Filho é delegado
aposentado da PF e já ocupou o segundo cargo mais
importante na hierarquia
do órgão, durante o período em que Romeu Tuma
era o "xerife", no governo
Collor (1990-1992).
A assessoria do hoje senador Tuma (DEM, ex-PFL-SP) confirma que
Costa Filho foi seu assessor, mas não por escolha
dele. Costa Filho subiu na
PF porque foi superintendente do órgão em Alagoas
e era amigo dos amigos de
Collor. Ele também ocupou a superintendência no
Espírito Santo e no Distrito Federal.
Há acusações de irregularidades contra Costa Filho quando era o segundo
homem da PF e também
como superintendente no
Espírito Santo. Em 1991,
ele foi acusado de tentar livrar os doleiros Habib Salim El Chater e seu filho
Carlos Salim de um flagrante. Tuma foi padrinho
de casamento de uma filha
de Habib. No ES, o delegado teria se alinhado no final dos anos 80 com o crime organizado. O então
delegado refutou ambas as
acusações à época.
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