São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2001

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OUTRO LADO

Confundiram democracia com anarquia, diz PM

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O assessor de comunicação da Polícia Militar da Bahia, tenente-coronel Silva Ramos, disse ontem que os estudantes, políticos oposicionistas e sindicalistas forçaram o confronto com a PM. "Os manifestantes confundem democracia com anarquia", disse Ramos.
De acordo com o assessor, a PM mobilizou 300 policiais na operação para conter os protestos que pediam punição para o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). "Utilizamos a Tropa de Choque, a Cavalaria e o Esquadrão Águia", disse Silva Ramos.
Ramos afirmou que a Polícia Militar tentou negociar com os líderes da manifestação. "Nós oferecemos todas as condições para que eles realizassem uma passeata pacífica, como a de ontem (anteontem). Mas eles queriam o confronto, queriam fazer uma manifestação na Graça (bairro onde mora o senador Antonio Carlos Magalhães) de qualquer jeito."
O tenente-coronel disse que a PM não agrediu nenhum manifestante. "Nós apenas jogamos bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão", afirmou Silva Ramos.
Para o assessor de comunicação da PM, a decisão de atirar bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes foi tomada depois que os líderes do movimento organizaram grupos para chegar ao apartamento do senador ACM.
"Eles se dividiram para confundir a PM. Nós apenas agimos para manter a ordem pública", afirmou.
Silva Ramos disse ainda que a PM vai agir da mesma forma todas as vezes que isso for necessário para a preservação da ordem pública. "Os manifestantes têm o direito de expressar suas opiniões, mas não o de ser irresponsáveis e anarquistas", disse. (LF)


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