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OUTRO LADO
Confundiram democracia com anarquia, diz PM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O assessor de comunicação
da Polícia Militar da Bahia, tenente-coronel Silva Ramos,
disse ontem que os estudantes,
políticos oposicionistas e sindicalistas forçaram o confronto
com a PM. "Os manifestantes
confundem democracia com
anarquia", disse Ramos.
De acordo com o assessor, a
PM mobilizou 300 policiais na
operação para conter os protestos que pediam punição para o senador Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA). "Utilizamos a Tropa de Choque, a Cavalaria e o Esquadrão Águia",
disse Silva Ramos.
Ramos afirmou que a Polícia
Militar tentou negociar com os
líderes da manifestação. "Nós
oferecemos todas as condições
para que eles realizassem uma
passeata pacífica, como a de
ontem (anteontem). Mas eles
queriam o confronto, queriam
fazer uma manifestação na
Graça (bairro onde mora o senador Antonio Carlos Magalhães) de qualquer jeito."
O tenente-coronel disse que a
PM não agrediu nenhum manifestante. "Nós apenas jogamos bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão",
afirmou Silva Ramos.
Para o assessor de comunicação da PM, a decisão de atirar
bombas de gás lacrimogêneo
nos manifestantes foi tomada
depois que os líderes do movimento organizaram grupos para chegar ao apartamento do
senador ACM.
"Eles se dividiram para confundir a PM. Nós apenas agimos para manter a ordem pública", afirmou.
Silva Ramos disse ainda que a
PM vai agir da mesma forma
todas as vezes que isso for necessário para a preservação da
ordem pública. "Os manifestantes têm o direito de expressar suas opiniões, mas não o de
ser irresponsáveis e anarquistas", disse.
(LF)
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