São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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Absolvição de capitão surpreende MST

DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST, disse que o movimento ficou surpreso com a absolvição do capitão Raimundo Lameira. "Apesar de satisfeitos com a condenação do coronel [Mário Pantoja", ficamos surpresos", afirmou Rodrigues.
Segundo ele, os 228 anos de prisão para o coronel Mário Pantoja satisfazem as famílias das vítimas. Ele voltou ontem a afirmar que o MST queria, ""e ainda quer", que o júri ocorresse em esfera federal, ""para que o julgamento fosse isento e sem as pressões da oligarquia e do governo do Pará".
O advogado do MST no Pará, Carlos Guedes, também disse estar frustrado com a absolvição.
"A absolvição manchou a condenação do coronel Pantoja. O MST também está chocado com a decisão do juiz de permitir que o coronel recorra em liberdade", afirmou. Sobre a absolvição do capitão, ele completou: "Com isso, o movimento teme que a tendência agora seja a absolvição dos demais policiais julgados".

UDR
O presidente nacional da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antônio Nabhan Garcia, culpou o que chamou de ""falta de coragem e determinação do governo em fazer uma reforma agrária séria" por episódios como o de Carajás. ""Ninguém faz nada sem ordens superiores. A PM foi garantir o direito de ir e vir. Não cabe a mim julgar quem atirou primeiro. Mas isso só ocorreu pela incompetência do governo."



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