São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2007

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Especialistas defendem adoção de regra clara sobre direito de greve de servidor

DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas em relações do trabalho ouvidos pela Folha defendem a regulamentação do direito de greve dos servidores como forma de evitar "abusos" e "distorções" na relação da categoria com o governo.
"Por falta de regulamentação do direito de greve, que não pode ser extinguido, ele tem sido muitas vezes exacerbado pelos servidores", disse o advogado trabalhista Luís Carlos Moro.
O professor Hélio Zylberstajn, da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP, especialista em relações do trabalho, disse concordar com a afirmação de Lula, para quem a greve remunerada de servidores são férias. "Em uma greve no setor privado, os trabalhadores assumem os riscos de serem demitidos", afirmou.
Ele defende novos mecanismos que possam evitar as paralisações sem prejudicar o trabalhador, como a "arbitragem de ofertas finais". "Uma parte neutra tem que escolher entre a oferta final de cada lado."
Para o professor Marcio Pochmann, da Unicamp, ex-secretário da gestão Marta Suplicy (PT) na Prefeitura de São Paulo (2001-2004), a regulamentação "com parâmetros claros" facilitaria a administração dos conflitos. "A greve, muitas vezes, é o último recurso da categoria. A regulamentação deve defender os direitos e os deveres de ambas as partes."


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