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Especialistas defendem adoção de regra clara sobre direito de greve de servidor
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas em relações do
trabalho ouvidos pela Folha
defendem a regulamentação do
direito de greve dos servidores
como forma de evitar "abusos"
e "distorções" na relação da categoria com o governo.
"Por falta de regulamentação
do direito de greve, que não pode ser extinguido, ele tem sido
muitas vezes exacerbado pelos
servidores", disse o advogado
trabalhista Luís Carlos Moro.
O professor Hélio Zylberstajn, da FEA (Faculdade de
Economia e Administração) da
USP, especialista em relações
do trabalho, disse concordar
com a afirmação de Lula, para
quem a greve remunerada de
servidores são férias. "Em uma
greve no setor privado, os trabalhadores assumem os riscos
de serem demitidos", afirmou.
Ele defende novos mecanismos que possam evitar as paralisações sem prejudicar o trabalhador, como a "arbitragem
de ofertas finais". "Uma parte
neutra tem que escolher entre
a oferta final de cada lado."
Para o professor Marcio
Pochmann, da Unicamp, ex-secretário da gestão Marta Suplicy (PT) na Prefeitura de São
Paulo (2001-2004), a regulamentação "com parâmetros
claros" facilitaria a administração dos conflitos. "A greve,
muitas vezes, é o último recurso da categoria. A regulamentação deve defender os direitos e
os deveres de ambas as partes."
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