Pré-candidata do PT à Presidência diz que talvez não consiga realizar tudo em quatro anos de mandato, caso seja eleita

Jaques Wagner afirma que subiria no mesmo palanque que o adversário Geddel Vieira Lima (PMDB) para apoiar pré-candidata do PT

MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou ontem que, se eleita, terá como meta a erradicação da pobreza extrema no país até 2014.
"Nós tiramos 24 milhões da pobreza, mas tem outros tantos ainda que continuam pobres. O nosso objetivo é, nesse período 2011-2014, erradicar a miséria do Brasil", afirmou ela. A declaração foi feita durante entrevista no Congresso Estadual do PT, em Salvador, que lançou oficialmente a pré-candidatura à reeleição do governador Jaques Wagner.
Apesar da meta estabelecida, Dilma fez a ressalva de que "talvez nós não consigamos realizar tudo até 2014, mas nós temos de colocar a meta de que nesta década, que se inicia em 2011, nós vamos erradicar a pobreza extrema ou a miséria".
Estão na linha da pobreza extrema famílias com renda de até um quarto de salário mínimo per capita (R$ 127,50). Em 2008, quase 19 milhões de pessoas estavam nessa faixa, diz o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Questionada sobre a demora do PMDB em anunciar apoio à sua candidatura e o nome do vice na chapa, Dilma disse que "cada partido tem seu tempo".
Na Bahia, PT e PMDB são adversários na disputa pelo governo estadual, mas Wagner disse que não vê problema em subir no mesmo palanque que Geddel Vieira Lima (PMDB) para apoiar Dilma, como ocorreu em Pernambuco com PT e PSB (aliados nacionalmente e adversários no Estado), no palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
A petista afirmou também que estuda a criação de um Ministério do Empreendedorismo, caso seja eleita, voltado para micro e pequenas empresas.
A função da nova pasta seria, segundo ela, "disseminar micro e pequenas empresas pelo Brasil e incentivar o empreendedorismo com sustentação creditícia, ou seja, linhas de crédito especial e tributária".


Texto Anterior: Entrevista: "Serei doador, mas não o único", diz Leal
Próximo Texto: PT comemora nova pesquisa com cautela
Índice