|
Texto Anterior | Índice
perfil
Democracia com limite até em casa
DA COLUNISTA DA FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com uma pulseira da
Nasa no braço esquerdo,
"para equilibrar o sistema
simpático e para-simpático e ficar zen", o general
Maynard Marques Santa
Rosa convive com uma curiosa liberdade religiosa
na sua família: ele é espírita, a mulher, católica, e o
filho, evangélico.
"Temos uma democracia religiosa", brinca ele,
mas deixando claro que
democracia tem limite
também em casa.
"Em quem a sua mulher
vai votar?", perguntou a
Folha.
"Em quem eu mandar",
respondeu, rápido.
Ele se declara apaixonado por "política e estratégia" e um leitor voraz.
Considera Graciliano Ramos e Machado de Assis
muito pessimistas. Prefere José de Alencar.
Durante almoço na
quarta-feira, em Brasília,
ele foi cáustico crítico das
ONGs, "que recebem mais
dinheiro do governo do
que o Exército", e contra a
adesão brasileira ao Protocolo Adicional do TNP
(Tratado de Não Proliferação Nuclear).
Criticou ainda o excesso
de proteção da Amazônia
e o zoneamento ecológico
para proteger índios, quilombolas "e outras minorias". Mas atacou especialmente a união civil homossexual.
Alagoano, Santa Rosa
passou para a reserva aos
65. Era integrante do Alto
Comando do Exército,
que inclui apenas os 14 oficiais de quatro estrelas (os
generais-de-Exército, último grau da hierarquia)
da ativa. Encerrou a carreira encostado no gabinete do comandante Enzo
Martins Péri.
Segundo Santa Rosa, o
que diz representa o pensamento médio de "95%
dos militares do Exército".
Não há pesquisas para
comprovar.
Texto Anterior: Frases Índice
|