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Greve no Incra afeta
reforma agrária em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Os funcionários do Incra (Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária) paralisaram
ontem por tempo indeterminado
suas atividades no Estado de São
Paulo, em protesto contra a reforma da Previdência encaminhada
ao Congresso pelo governo Lula.
Com a greve no Incra, ficam
suspensos 40 processos para desapropriação de terras para fins
de reforma agrária no Estado, a
análise de cerca de 4.000 pedidos
de concessão de crédito para assentados e a expedição de certidões de cadastro de imóvel rural.
"Até agora, o governo federal
não abriu negociação efetiva com
o comando de greve em Brasília",
disse ontem o diretor do Sindsef
(Sindicato dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal, filiado à
CUT), Sinésio Sapucahy Filho, 48.
O Incra de São Paulo -Estado
que registra um dos principais focos de conflito agrário, o Pontal
do Paranapanema, onde também
está localizado o maior acampamento de sem-terra do país, com
cerca de 4.000 famílias- conta
com apenas 92 funcionários. De
acordo com o Sindsef, 90% dos
funcionários aderiram à greve.
A assessoria de comunicação do
Incra-SP informou que o superintendente regional, Raimundo Pires Silva, viajou a trabalho ontem,
mas autorizou dizer à imprensa
que a greve dos servidores "é um
direito" e que "logo eles retornarão ao trabalho". O órgão não estimou índice de adesão à greve.
Mesmo parado, o Incra paulista
deverá receber hoje o ministro
Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), em um seminário sobre o PPA de 2004-2007.
(RUBENS VALENTE)
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