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São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2003

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Greve no Incra afeta reforma agrária em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Os funcionários do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) paralisaram ontem por tempo indeterminado suas atividades no Estado de São Paulo, em protesto contra a reforma da Previdência encaminhada ao Congresso pelo governo Lula.
Com a greve no Incra, ficam suspensos 40 processos para desapropriação de terras para fins de reforma agrária no Estado, a análise de cerca de 4.000 pedidos de concessão de crédito para assentados e a expedição de certidões de cadastro de imóvel rural.
"Até agora, o governo federal não abriu negociação efetiva com o comando de greve em Brasília", disse ontem o diretor do Sindsef (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, filiado à CUT), Sinésio Sapucahy Filho, 48.
O Incra de São Paulo -Estado que registra um dos principais focos de conflito agrário, o Pontal do Paranapanema, onde também está localizado o maior acampamento de sem-terra do país, com cerca de 4.000 famílias- conta com apenas 92 funcionários. De acordo com o Sindsef, 90% dos funcionários aderiram à greve.
A assessoria de comunicação do Incra-SP informou que o superintendente regional, Raimundo Pires Silva, viajou a trabalho ontem, mas autorizou dizer à imprensa que a greve dos servidores "é um direito" e que "logo eles retornarão ao trabalho". O órgão não estimou índice de adesão à greve.
Mesmo parado, o Incra paulista deverá receber hoje o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), em um seminário sobre o PPA de 2004-2007.
(RUBENS VALENTE)


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