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OUTRO LADO
Parlamentar alega compromissos partidários
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os deputados que chegaram
a faltar a 40% das sessões deliberativas do plenário no semestre, a maioria por estar em
missão oficial, alegaram, principalmente, compromissos
partidários, mas também relevância em viagens para o exercício do mandato.
João Lyra (PTB-AL) estava
ausente em 83,33% das votações. No tempo em que exerceu o mandato houve 24 sessões deliberativas. Ele foi a quatro. Em 45,83% delas, fazia tratamento de saúde. Em 37,50%,
estava em missão oficial. "O
deputado esteve sempre em
sintonia com a liderança do
partido, que o incumbiu de organizar o PTB em Alagoas, Pernambuco e Sergipe. Esse foi o
motivo básico para que estivesse ausente", disse seu chefe-de-gabinete, Severino Araújo.
Ele disse que Lyra não teve
problema grave de saúde nem
doença crônica, mas que "teve
de se precaver desse cansaço
[por organizar o partido]."
Almeida de Jesus (PL-CE)
minimizou as faltas em 44,71%
das sessões -27,06% para tratamento de saúde e 17,65% para missão oficial. Um dos vice-líderes do governo, Vicente
Cascione (PTB-SP) ressalta que
viajou de fato só uma vez em
missão oficial, mas devolveu o
dinheiro à Câmara. Osvaldo
Coelho (PFL-PE) passou
42,35% do semestre em missão
oficial e em 8,24% das sessões
alegou estar doente, faltando a
50,59% das sessões.
A Folha questionou a presidência da Câmara se não está
havendo um excesso de missões oficiais na Casa, mas a assessoria de imprensa afirmou
que o presidente João Paulo
Cunha (PT-SP) estava no interior em descanso.
(FK)
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