DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que considera superados os relatórios elaborados pelo inspetor Abrahão Patruni Júnior, do Banco Central (BC), que no início dos anos 90 investigou os desvios ocorridos no Banpará.
"O relatório não foi aceito pelos próprios inspetores do Banco Central, tanto que houve diligências posteriores", disse o assessor Luiz Terra. Segundo ele, o caso já saiu da esfera administrativa e está na Justiça, sob julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF).
A corte autorizou o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, a abrir inquérito criminal contra Jader sob a acusação de peculato (desvio de dinheiro público). Segundo Terra, a posição de Jader sobre o caso está expressa no discurso feito anteontem, no plenário do Senado. "O discurso do senador é que vale", disse.
Na tribuna, Jader lembrou o parecer 211 do Banco Central. "Apesar do interesse de inspetores em processo de fiscalização, não foi possível detectar nenhuma prova robusta, convincente, que juridicamente pudesse me envolver no episódio. Isso está escrito em português", disse Jader.
E prosseguiu, citando o documento: "não foi possível a identificação de beneficiários no episódio e [...] o Banco Central do Brasil considera inócuo no âmbito da sua fiscalização insistir no tema e remete ao Ministério Público do Pará, indicando responsáveis pela emissão dos cheques administrativos".



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