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Candidatos da esquerda batem boca
DA REPORTAGEM LOCAL
Os candidatos Plínio de Arruda
Sampaio, apoiado pela tendência
Ação Popular Socialista, e Maria
do Rosário, do Movimento PT,
protagonizaram o único bate-boca do debate, ontem, entre os concorrentes à presidência da sigla.
Sampaio afirmou que os candidatos são divididos em dois blocos. "O bloco majoritário é a turma do José Dirceu, do [José] Genoino, do [Ricardo] Berzoini, da
Maria do Rosário. É o pessoal que
apoia o governo", disse. "E tem o
bloco com visão muito crítica."
Maria do Rosário respondeu dizendo que "o PT é muito mais inteligente do que a divisão entre
um bloco e outro". "Reducionismos nos empobrecem. Estranham-me as posições do companheiro Plínio quando diz que só
permanecerá no PT se as suas posições forem vitoriosas", afirmou,
referindo-se a declarações do
concorrente segundo as quais deixará o partido caso o Campo Majoritário, de Berzoini, saia vencedor das eleições internas do PT.
Ela cobrou o colega pelo fato de
ele ter anulado o voto nas eleições
municipais de 2004, quando a então prefeita de São Paulo, Marta
Suplicy (PT), enfrentou José Serra
(PSDB) no segundo turno.
Sampaio não deu o assunto por
encerrado. "De fato não votei na
Marta. Declarei que iria votar nulo porque a Marta era apoiada pelo Maluf, fez uma campanha milionária, que não tem nada ver
com o PT", disse. "Acho que tem
de ter disciplina partidária, mas
não pode ter patrulhamento."
Ele disse que só deixará o partido quando o PT não for mais "um
instrumento da luta do povo". "Se
não for instrumento, se ficar [no
PT], já é por causa de fanatismo.
Fanatismo não conduz a coisas
corretas", afirmou o candidato.
Sampaio foi além. "O PT foi arrasado por uma política errada,
por uma estratégia política equivocada. Quem ganha eleição com
Duda Mendonça não governa. O
grande escândalo dessa República
é o fato de que o partido disse 25
anos uma coisa, chegou no governo e foi obrigado a dizer outra
diametralmente oposta."
(CC)
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