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MUSA DO COLLORGATE
Lula poderá ser "Lulla", afirma Thereza Collor
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ
Thereza Collor, que ficou conhecida como "musa" do escândalo que levou ao impeachment de Fernando Collor de
Mello (1990-1992), disse ontem, em Maceió (AL), que o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva também poderá ter dois
"éles" em seu nome, em referência à atual situação política.
"Estou presenciando de novo coisas que pensei que não
iriam mais acontecer no país",
afirmou. Para ela, não há como
falar em impeachment de Lula
porque ele não foi envolvido
diretamente. "Mas toda a equipe [envolvida nas denúncias]
era dele e o partido era dele. Ele
[Lula] tem que ter um pouco
de noção do que acontece."
Apesar das semelhanças entre as crises, Thereza não faz
comparações. "Naquele momento, eu vesti a camisa e defendi o que achava certo", disse, referindo-se a denúncias
contra seu então cunhado.
"Tenho minhas convicções e
faria tudo de novo."
Chamada à época de "musa
do impeachment", Thereza
acha que, na atual crise, não há
uma mulher que mereça o título de "musa do mensalão". Casada com o empresário Gustavo Halbreich, hoje ela é secretária extraordinária para Desenvolvimento e Fomento de
Alagoas.
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