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Família pressiona para que senador tire férias; ele quer conversar antes com Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A família do presidente do
Senado, Renan Calheiros, e
seus amigos em Alagoas estão
pressionando para que ele tire
pelo menos 15 dias de férias.
Essas duas semanas poderiam
criar, na avaliação de familiares, clima propício para apaziguar os ânimos com a oposição.
Caso Renan ceda e os oposicionistas diminuam o fogo contra o senador, seus aliados acreditam que ele poderia inclusive
analisar a possibilidade de, logo
em seguida ao período de férias, pedir uma licença.
Seria o melhor cenário para o
Planalto, preocupado com os
eventuais efeitos do prolongamento da crise no Senado sobre
a votação da emenda que prorroga a CPMF até o fim de 2011.
O senador passou o fim de semana em Alagoas, onde comemorou seu 52º aniversário. Por
enquanto, ele ainda não decidiu se atende ao apelo dos familiares. Antes, deseja conversar
com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, que chega amanhã de um giro pela Europa.
Nesse encontro, o presidente
não deve pedir a Renan que se
licencie. Esse desejo presidencial já foi transmitido ao senador por amigos comuns. Lula
sabe que essa é uma decisão
pessoal do aliado e que não teria como pressioná-lo.
Em Brasília, aliados de Renan também argumentam que
ele deveria tirar duas semanas
de férias. Segundo o senador
Wellington Salgado (PMDB-MG), o período serviria para
aplacar os ânimos na Casa.
Para os governistas, se isso
ocorresse, seria uma forma de
"testar" como se comportaria a
obstrução da oposição sem Renan na presidência. Seu substituto imediato no cargo é o primeiro-vice-presidente, Tião
Viana (PT-AC).
Os renanzistas vêem como
fator estimulante para que o senador tire férias nesta semana
o provável arquivamento do segundo processo contra ele no
Conselho de Ética, que trata do
caso Schincariol.
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