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Lula diz que 2014 está muito longe e que quer fazer sucessor em 2010
Ao "El País", presidente afirma que, ao deixar o poder, não comentará governos
DA REDAÇÃO
Em entrevista ao jornal espanhol "El País", o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "não vai deixar a política porque a política está em
mim há muitos anos" e que
"falta muito tempo" para 2014.
"É uma ilusão e não trabalho
com ilusões. Se estiver vivo em
2014, vou dar graças a Deus. O
resto, vamos ver o que vai ocorrer", disse o presidente, que
reafirmou que pretende fazer
seu sucessor em 2010.
Lula afirmou que quer trabalhar para que o candidato em
2010 o convide para subir junto
no palanque. "Quando deixar a
Presidência, [o sucessor] se dará conta de que não vou fazer
jamais nenhum comentário sobre o governo", disse, sem citar
o antecessor Fernando Henrique Cardoso.
Para o presidente, pode-se
"dizer hoje que em toda a história do Brasil não houve momento mais sólido da economia". Lula comemorou o fato
de que "poucas vezes na história do Brasil tivemos os 10% dos
mais ricos diminuindo sua participação na renda nacional, e
os mais pobres aumentando".
Questionado sobre o fato de
ex-ministros terem se tornado
réus no caso do mensalão, disse
estar tranqüilo, "primeiro porque estamos exercendo a democracia em sua plenitude".
"Até agora ninguém foi absolvido e ninguém foi declarado culpado. Quem cometeu erros pagará por eles", argumentou. O
repórter quis saber como se
sentem os "amigos processados
por corrupção".
Lula respondeu que devem
se sentir mal. "Ninguém gosta
de ser acusado. É sempre desagradável. Mas é assim que funciona a democracia."
O presidente lembrou ainda
ter feito "um discurso muito
solidário com meus companheiros, para que se defendam,
que provem sua inocência", durante o 3º Congresso do PT.
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