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Suplentes mantêm parentes
do enviado especial
Alguns parentes de deputados
continuam empregados na Câmara mesmo depois que o padrinho passa o cargo ao suplente. Assim, os titulares continuam controlando parte da verba destinada
à contratação de funcionários.
São os "gabinetes de aluguel".
O deputado Salomão Cruz
(PSDB-RR), por exemplo, se afastou da Câmara no dia 8 de fevereiro para assumir a Secretaria da
Agricultura de Roraima. Sua mulher, Maria Luiza, a sobrinha Régia Aparecida e a "prima distante" Tetyanne Maria continuam
empregadas no gabinete do suplente, Elton Rohnelt (PFL-RR).
O suplente afirma que desde sua
posse, em fevereiro, as três nunca
trabalharam no gabinete.
"Vou ser claro. Nós dividimos
as vagas do gabinete. Metade é dele e metade é minha. Isso acontece
com todos os suplentes", afirma
Rohnelt. Na "sua" metade, ele
emprega a mulher, Tirzah, e o sobrinho Alessandro.
Salomão Cruz se recusou a falar
do assunto. "Não tenho obrigação
de dar resposta nenhuma. Você
(repórter) não vai perguntar nada. Vai-te à merda", disse.
O filho de Francisco Silva (PPB-RJ), Marcelo, continuou trabalhando no gabinete depois que o
pai passou o cargo para o suplente, Paulo Almeida (PPB-RJ), há
três meses. "Meu filho é o responsável pela parte de informática do
gabinete. Tenho 611 mil eleitores
cadastrados no computador",
disse o deputado, que retomou o
mandato na semana passada.
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