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GOVERNO
Sede temporária para equipe do sucessor está pronta; presidente deve assinar MP criando 51 cargos nos próximos dias
FHC cria "livro de transição" de ministérios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Fernando Henrique Cardoso assinou ontem decreto que obriga todos os ministérios a criar um "livro de transição", para ser entregue à equipe
de transição a ser indicada pelo
presidente eleito da República.
O livro deverá conter informações sucintas sobre decisões tomadas em período recente que
possam ter repercussão para o sucessor no ministério e uma lista
de entidades, órgãos públicos e
organismos internacionais com
os quais interage com frequência.
Também deverá conter uma lista das comissões do Congresso
com as quais o ministério mais se
relaciona e a versão atualizada da
Agenda Cem -com os compromissos que vencem nos primeiros
dias do próximo governo.
Conforme o decreto, o "livro de
transição" deverá incluir outras
informações relevantes para a
não-interrupção dos serviços
prestados pelo ministério e para a
mais rápida familiarização da futura equipe de governo com a administração pública federal.
A elaboração do livro deverá estar concluída até o dia 14 de novembro. Até o próximo dia 29, cada ministro indicará ao chefe da
Casa Civil da Presidência da República, Pedro Parente, o nome
do servidor responsável pela ligação entre a equipe atual e a do presidente eleito.
Sede
Já está pronta a sede do governo
de transição -um conjunto de
salas no Centro de Formação do
Banco do Brasil, perto dos palácios do Planalto e da Alvorada.
Lá o presidente eleito, a equipe
formal de transição, de 51 pessoas, e outras pessoas que o novo
presidente indicar começarão a
examinar os arquivos do governo.
Nos próximos dias, FHC deverá
editar a medida provisória que
cria os 51 "cargos especiais de
transição de governo", com salários de R$ 1.220 a R$ 8.000 e responsabilidades administrativas,
civis e penais equivalentes às de
funcionários públicos.
A transição terá duas faces: técnica e política. Haverá um portal
eletrônico com a Agenda Cem, a
lista de projetos com dificuldades
específicas e o glossário de governo -projetos para os quais a
atual gestão ainda busca consenso
para implementação e uma lista
de siglas e programas. No total, o
banco de dados é formado por
8.000 registros, que vêm sendo
mantidos em sigilo.
O presidente eleito terá um gabinete de 34 m2, com vista para o
lago Paranoá, além de sala de reuniões e banheiro privativo. A Polícia Federal cuidará de sua segurança pessoal.
A imprensa terá sala própria e
será credenciada por uma assessoria própria do governo de transição.
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