São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2004

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PAINEL

Melhor impossível
O sonho de consumo do PT paulistano é conseguir o indiciamento do deputado federal Gilberto Kassab (PFL), candidato a vice na chapa do tucano José Serra, antes do segundo turno.

Matéria-prima
Secretário do Planejamento na gestão Pitta, Kassab virou tema prioritário da campanha de Marta na derradeira ofensiva para alcançar Serra na disputa paulistana. A variação patrimonial do pefelista é investigada pelo Ministério Público.

Bumerangue
Ainda não se sabe qual será o efeito da temporada de caça ao vice de Serra, mas, no que diz respeito ao debate de quinta, os tucanos respiraram aliviados. Espectadores monitorados durante o programa deram a Marta a nota mais baixa da noite quando ela pôs Kassab na roda.

Janela de oportunidade
Reunidos em foto usada na propaganda televisiva de Marta para ilustrar texto de ataque a Kassab, ex-secretários da administração Pitta se articulam para recorrer à Justiça Eleitoral.

Segunda onda
Como ocorreu em 2002 no segundo turno da disputa pelo governo paulista, o PSDB rachou a base de apoio aos petistas na capital. Amanhã, os tucanos anunciam a adesão a Serra de lideranças locais do PSB, cuja cúpula nacional declarou-se pró-Marta.

Rápida conversão
Simpático ao PT no primeiro turno, o nanico PSDC de João Manuel anunciará voto em Serra. À revelia de Francisco Rossi, o PHS também vai tucanar.

Pedra no sapato
Com seu plano de reeleição à presidência da Câmara ameaçado por variados interesses em contrário, João Paulo Cunha diz que defenderá prévias para definir o candidato do PT ao governo paulista, vaga por ora reservada a Aloizio Mercadante.

Rumo a 2006
"Brasileiros de Curitiba." "Brasileiros de Ponta Grossa." Assim o governador paulista, Geraldo Alckmin, saúda os eleitores nas mensagens televisivas que gravou em apoio a candidatos aliados no Paraná.

Safra ameaçada
A exemplo do que ocorre no Estado de São Paulo, o segundo turno pode transformar um resultado até agora razoável para o PT num cenário de terra arrasada no interior do Paraná.

Auxílio-geada
Sem vitória assegurada nas cinco maiores cidades do interior paranaense, petistas pedem ajuda ao Planalto para manter Londrina, Maringá e Ponta Grossa, onde estão no poder, mas em desvantagem nas pesquisas. Aguardam-se ministros.

Voz do além
Na disputa com o petista Ângelo Vanhoni em Curitiba, Beto Richa levou à televisão depoimento em que seu pai, José Richa, morto no ano passado, elogia-lhe a capacidade administrativa. A peça foi gravada para campanha anterior do tucano.

No divã
Do governador Germano Rigotto, que apóia José Fogaça (PPS) em Porto Alegre, sobre sua própria sigla: "O PMDB é um partido sem rumo, sem cara própria, não é respeitado".

Vão na frente 1
Assediado por PT e PMDB e com seu partido lhe pedindo neutralidade, o tucano Marconi Perillo liberou correligionários para trabalharem pelo petista Pedro Wilson em Goiânia.

Vão na frente 2
Para o governador de Goiás, a volta de Iris Resende (PMDB) ao poder "seria um retrocesso". Perillo ainda estuda declaração pública de apoio a Pedro Wilson. Mas quer entrar "para decidir".

TIROTEIO

De Rui Falcão, ex-secretário de Governo e candidato a vice na chapa da petista Marta Suplicy, sobre José Serra, que o chamou de "eminência que toca as coisas por trás na prefeitura":
-De nada adiantará Serra tentar me desqualificar. Tenho passado limpo. O secretário de Celso Pitta foi o vice dele, Gilberto Kassab, não eu.

CONTRAPONTO

Outra freguesia

Entre os diversos debates realizados em Vitória no primeiro turno eleitoral, um aconteceu no Colégio Darwin, uma das mais prestigiadas escolas particulares da capital capixaba.
Todos os concorrentes à prefeitura participaram do encontro, inclusive Sônia Santos, do Partido da Causa Operária. Na hora de apresentar suas propostas, ela repetiu o conhecido bordão da sigla: "quem bate cartão não vota em patrão".
Em seguida, Sônia passou a atacar "a burguesia". Disse que o PCO é uma legenda contrária ao capital privado e ao imperialismo. Por aí seguiu até o final do tempo a ela reservado.
Depois que todos os candidatos falaram, chegou a vez das perguntas da platéia. Um estudante do segundo grau pediu a palavra e questionou a candidata à queima-roupa:
-E qual a proposta de vocês para nós, burgueses?


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