São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2007

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Brasil cria linha de crédito com dívida de US$ 400 mi

DO ENVIADO A BRAZZAVILLE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem um plano para transformar a dívida da República do Congo com o Brasil, no valor de US$ 400 milhões, em uma linha de crédito para o governo africano comprar de empresas brasileiras.
Na prática, o crédito em poder da União seria transferido às empresas. "Não vejo nenhuma polêmica o Brasil incentivar que empresas brasileiras possam contribuir para o desenvolvimento do Congo. Ganhará o Brasil, ganhará o Congo, ganharão as empresas brasileiras e, mais importante, ganhará o povo do Congo", disse.
Lula repetiu sua pregação em favor dos biocombustíveis, que poderiam ser usados até mesmo por países ricos em petróleo como o Congo: "O biocombustível será parte da revolução de libertação do continente africano". O presidente do Congo, Denis Sassou-Nguesso, concordou: "O biocombustível é um verdadeiro projeto de desenvolvimento. O petróleo vai se esgotar em alguns anos".
Pouco antes de assinar quatro protocolos de intenções nas áreas de saúde e agricultura com o governo congolês, Lula reclamou dos "burocratas" brasileiros: "Essa reunião [com o presidente do Congo] vai exigir que os ministros levem muito a sério as suas intenções".
Ontem, um dos aviões da comitiva de Lula, um Boeing-737/200 conhecido como Sucatinha, teve problemas técnicos no vôo rumo a Johannesburgo (África do Sul), próxima cidade a ser visitada por Lula, e voltou a Brazzaville (Congo). A FAB informou que uma luz de alerta acendeu no painel e os pilotos decidiram voltar. No avião viajavam cerca de 20 empresários e 25 jornalistas. Duas horas depois, todos embarcaram no segundo Sucatinha.


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