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Brasil cria linha de crédito com dívida de US$ 400 mi
DO ENVIADO A BRAZZAVILLE
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem um
plano para transformar a dívida
da República do Congo com o
Brasil, no valor de US$ 400 milhões, em uma linha de crédito
para o governo africano comprar de empresas brasileiras.
Na prática, o crédito em poder da União seria transferido
às empresas. "Não vejo nenhuma polêmica o Brasil incentivar que empresas brasileiras
possam contribuir para o desenvolvimento do Congo. Ganhará o Brasil, ganhará o Congo, ganharão as empresas brasileiras e, mais importante, ganhará o povo do Congo", disse.
Lula repetiu sua pregação em
favor dos biocombustíveis, que
poderiam ser usados até mesmo por países ricos em petróleo como o Congo: "O biocombustível será parte da revolução
de libertação do continente
africano". O presidente do
Congo, Denis Sassou-Nguesso,
concordou: "O biocombustível
é um verdadeiro projeto de desenvolvimento. O petróleo vai
se esgotar em alguns anos".
Pouco antes de assinar quatro protocolos de intenções nas
áreas de saúde e agricultura
com o governo congolês, Lula
reclamou dos "burocratas" brasileiros: "Essa reunião [com o
presidente do Congo] vai exigir
que os ministros levem muito a
sério as suas intenções".
Ontem, um dos aviões da comitiva de Lula, um Boeing-737/200 conhecido como Sucatinha, teve problemas técnicos no vôo rumo a Johannesburgo (África do Sul), próxima
cidade a ser visitada por Lula, e
voltou a Brazzaville (Congo). A
FAB informou que uma luz de
alerta acendeu no painel e os
pilotos decidiram voltar. No
avião viajavam cerca de 20 empresários e 25 jornalistas. Duas
horas depois, todos embarcaram no segundo Sucatinha.
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