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Foco
Em visita a Moçambique, Lula afirma que mandato presidencial é muito curto
FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A MAPUTO
(MOÇAMBIQUE)
Ao final de um giro de cinco dias por três continentes,
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou ontem,
em Moçambique, que o
mandato presidencial é muito curto para a realização de
todos os projetos desejados
por um governante. O comentário foi feito em duas
ocasiões diferentes.
No fim da tarde, a uma platéia de cerca de cem empresários brasileiros e moçambicanos, Lula fez uma defesa
da manutenção da reeleição.
Foi no momento em que, de
maneira irônica, relatou as
dificuldades legais para
construir uma hidrelétrica
no Brasil.
"No Brasil, um presidente
da República que quiser fazer uma hidrelétrica de
3.000 megawatts precisa de
dois mandatos. Num você
toma a decisão, vai atrás do
licenciamento, depois vai
para licitação. Daí o empresário que perde entra com
uma ação, é mais um ano.
Depois, o Ministério Público
acha outra ação, e quando está tudo resolvido o Tribunal
de Contas entra com outra
ação. É mais um ano. Acabou
o mandato e você não fez nada", afirmou ele.
De manhã, com o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, Lula já havia reclamado do tempo curto. "Entre nós termos a vontade de fazer e acontecer, está demorando pra caramba."
Ele se referia a uma fábrica
de remédios contra a Aids
que o Brasil prometeu construir em Maputo em 2003 e
que ainda não saiu do papel.
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