São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2008

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Em visita a Moçambique, Lula afirma que mandato presidencial é muito curto

FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A MAPUTO (MOÇAMBIQUE)

Ao final de um giro de cinco dias por três continentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou ontem, em Moçambique, que o mandato presidencial é muito curto para a realização de todos os projetos desejados por um governante. O comentário foi feito em duas ocasiões diferentes.
No fim da tarde, a uma platéia de cerca de cem empresários brasileiros e moçambicanos, Lula fez uma defesa da manutenção da reeleição. Foi no momento em que, de maneira irônica, relatou as dificuldades legais para construir uma hidrelétrica no Brasil.
"No Brasil, um presidente da República que quiser fazer uma hidrelétrica de 3.000 megawatts precisa de dois mandatos. Num você toma a decisão, vai atrás do licenciamento, depois vai para licitação. Daí o empresário que perde entra com uma ação, é mais um ano. Depois, o Ministério Público acha outra ação, e quando está tudo resolvido o Tribunal de Contas entra com outra ação. É mais um ano. Acabou o mandato e você não fez nada", afirmou ele.
De manhã, com o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, Lula já havia reclamado do tempo curto. "Entre nós termos a vontade de fazer e acontecer, está demorando pra caramba." Ele se referia a uma fábrica de remédios contra a Aids que o Brasil prometeu construir em Maputo em 2003 e que ainda não saiu do papel.


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