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CAÇAS
Emirados sinalizam abrir mão de Rafale por avião de 5ª geração
IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃObr>
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de ver reforçada a
intenção pública do governo
brasileiro em selecioná-lo
como seu novo caça em palavras do presidente Lula no
fim de semana, o francês Rafale (da Dassault) sofreu ontem um revés para suas pretensões de se tornar um produto de exportação.
O comandante da Força
Aérea dos Emirados Árabes
Unidos afirmou que um "caça de quinta geração" está
nos planos do seu país "em
um par de anos".
Como os Emirados são o
único mercado em que a escolha do Rafale era considerada certa, e o avião é um
produto avançado da chamada "quarta geração", a fala foi
vista por analistas como uma
ducha de água fria para os
franceses, uma vez que não
haveria espaço para os dois
produtos no mesmo país.
O único avião de quinta geração que deverá estar disponível no mercado ainda nesta
década é o americano F-35.
A má notícia vem logo depois de Lula citar, por ato falho ou não, "acordos dos caças" em entrevista após reunião com seu colega Nicolas
Sarkozy no sábado. O que
existe hoje é uma parceria
estratégica que inclui o fornecimento de submarinos e
helicópteros franceses.
A importância da posição
dos Emirados, ainda que exagerada por concorrentes que
viram na notícia mais uma
oportunidade para mostrar a
suposta inviabilidade do custo do Rafale, é real. A Dassault não comentou o caso.
Se o Brasil desponta como
único mercado externo para
o caça, seus custos operacionais tendem a crescer. Assim, a pressão de Paris tende
a subir por seu produto, e o
Brasil tenta com isso buscar
um melhor preço.
Em mais de uma ocasião,
Lula defendeu a compra do
Rafale, desde que seu preço
fosse reduzido. O negócio
pode custar R$ 10 bilhões.
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