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TRANSIÇÃO
Presidente eleito estuda reformular órgão, hoje ocupado por Anadyr
Waldir Pires deve ir para Corregedoria
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva, convidou no final de
semana o deputado federal Waldir Pires (PT-BA) para chefiar a
Corregedoria Geral da União, que
investiga órgãos do próprio governo. Pires deve aceitar, segundo
a Folha apurou.
Para tentar combater a corrupção, Lula estuda transformar a
corregedoria numa secretaria que
seria batizada de "Transparência
Governamental". Além de investigar as denúncias que recebe, o
órgão analisaria formas de tornar
mais transparentes licitações públicas e decisões de governo.
Pires já foi procurador-geral da
República (governo João Goulart), governador e ministro da
Previdência (governo Sarney).
Na viagem aos EUA e em encontros com empresários e políticos, Lula tem dito que tentará aumentar os meios de combate à
corrupção e a eficácia do dinheiro
gasto na área social. Daí a idéia de
dar à corregedoria -que já tem
status de ministério- uma importância real maior. Hoje, ela é
ocupada por Anadyr Rodrigues.
A corregedoria foi criada em
2001 por Fernando Henrique Cardoso como resposta à tentativa da
oposição, então capitaneada pelo
PT, de instalar uma CPI da corrupção. Na época, o governo enfrentava uma série de denúncias
de irregularidades potencializada
por uma crise em sua base de
apoio no Congresso.
Justiça
Faltando apenas o anúncio oficial para a sua confirmação, o futuro ministro da Justiça, Marcio
Thomaz Bastos, tem feito reuniões para cuidar do formato de
sua pasta. Provavelmente a Senad
(Secretaria Nacional Antidrogas)
sairá do Palácio do Planalto e irá
para a pasta da Justiça. Está descartada a possibilidade de uma
Secretaria de Segurança Pública
diretamente vinculada a Lula.
O ocupante desse cargo responderá a Bastos. Um nome cotado
para o posto, o de Luiz Eduardo
Soares, membro da equipe de
transição, enfrenta resistência no
PT fluminense. A tendência é Bastos escolher outra pessoa. Com as
duas secretarias na Justiça, Bastos
terá sua posição reforçada. O advogado criminalista é amigo de
Lula e tem apoio do Judiciário.
Na Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que deverá continuar no organograma da pasta da
Justiça, o titular deverá ser o deputado Nilmário Miranda (PT-MG), que disputou a eleição para
o governo de Minas.
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