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Governo vai à oposição para salvar a DRU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os líderes do governo no
Congresso trocaram telefonemas com senadores
da oposição nos últimos
dias para acalmar os ânimos e, com isso, garantir a
votação em segundo turno
até quinta-feira da DRU
(mecanismo que autoriza
o governo a gastar livremente 20% das receitas
vinculadas, aquelas com
destinação obrigatória).
No dia da derrota da
CPMF, a DRU foi aprovada com 60 votos a favor.
Agora, a preocupação é
evitar que atritos entre governo e oposição ponham
em dúvida a aprovação do
mecanismo, fundamental
para cumprir a meta de superávit primário.
O governo teve 15 votos
da oposição para aprovar
em primeiro turno a DRU,
que liberou os senadores
para votar o tema livremente, ao contrário do
ocorrido com a CPMF.
Após a votação, declarações de Lula atacando a
oposição e do ministro
Guido Mantega (Fazenda)
tratando de um novo imposto provocaram reações
de tucanos e democratas.
O líder do governo no
Senado, Romero Jucá
(PMDB-RR), afirmou ontem que o Planalto precisa
conversar com sua base
antes de enviar qualquer
proposta para contornar o
prejuízo do fim da CPMF.
Ontem, o líder do DEM
no Senado, José Agripino
(RN), criticou Lula, que
classificou como "má-fé" o
fato de senadores terem
votado pelo fim do chamado imposto do cheque. "O
presidente insiste em se
julgar o dono da verdade."
(VALDO CRUZ e FELIPE SELIGMAN)
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