São Paulo, segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

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Governo vai à oposição para salvar a DRU

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os líderes do governo no Congresso trocaram telefonemas com senadores da oposição nos últimos dias para acalmar os ânimos e, com isso, garantir a votação em segundo turno até quinta-feira da DRU (mecanismo que autoriza o governo a gastar livremente 20% das receitas vinculadas, aquelas com destinação obrigatória).
No dia da derrota da CPMF, a DRU foi aprovada com 60 votos a favor. Agora, a preocupação é evitar que atritos entre governo e oposição ponham em dúvida a aprovação do mecanismo, fundamental para cumprir a meta de superávit primário.
O governo teve 15 votos da oposição para aprovar em primeiro turno a DRU, que liberou os senadores para votar o tema livremente, ao contrário do ocorrido com a CPMF. Após a votação, declarações de Lula atacando a oposição e do ministro Guido Mantega (Fazenda) tratando de um novo imposto provocaram reações de tucanos e democratas.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou ontem que o Planalto precisa conversar com sua base antes de enviar qualquer proposta para contornar o prejuízo do fim da CPMF.
Ontem, o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), criticou Lula, que classificou como "má-fé" o fato de senadores terem votado pelo fim do chamado imposto do cheque. "O presidente insiste em se julgar o dono da verdade." (VALDO CRUZ e FELIPE SELIGMAN)


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