São Paulo, segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

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Publicitários dizem não haver relação com PT

DA REPORTAGEM LOCAL

Os publicitários Eduardo Godoy, presidente da Quê Comunicação, e Agnelo Pacheco, da agência de mesmo nome, negaram haver relação entre seus trabalhos anteriores com políticos e administrações do PT e a distribuição de verbas de publicidade do governo Lula.
Duda Mendonça e Paulo de Tarso, da Matisse, procurados, não deram retorno a um pedido de entrevista.
"Não sou do PT. Fui assessor de imprensa de Ulysses Guimarães [PMDB]. Tenho o PT como referência porque houve trabalho. Eu não sou publicitário do PT, não sou filiado, não sou nada", disse Godoy. O publicitário confirmou ter trabalhado nas campanhas de Lula e de Marta em 1998: "Fiz a campanha da Marta e a de Lula, porque a Marta estava do lado da campanha do Lula. Na verdade eu não fui o marqueteiro. Quem fez foi o Toni Cotrim, eu fui lá porque estava fazendo a campanha da Marta", disse. "Tenho um trabalho exemplar no trato público. Sou profissional nisso."
Godoy afirmou que o mercado publicitário retirou diversas lições do episódio do mensalão. "Marketing público não tem nada a ver com empréstimo de bancos. Existe uma coisa que é publicidade e existem essas coisas todas, que vão num balaio só."
Pacheco disse que sua empresa deteve por cinco anos a conta da Caixa Econômica durante o governo FHC (PSDB). "A gente não está no governo agora, mas desde Fernando Henrique. Atendi o Ministério do Desenvolvimento, atendia o Sérgio Amaral na Secom. Não foi no governo Lula, vinha de muito tempo." Pacheco negou que sua empresa seja beneficiada com as verbas da Saúde.
"O Ministério da Saúde, hoje, vem sendo administrado de maneira muito profissional. As agências são medidas pelo desempenho delas. Se você desempenha bem, tem faturamento melhor."
A assessoria de imprensa da Petrobras afirmou que a Quê Comunicação venceu uma licitação disputada em 2003, mas que "a Rede Interamericana de Comunicação, da qual faz parte a Quê Comunicação, atende a conta da Petrobras desde 1996, quando venceu a licitação de publicidade da companhia".
A assessoria do Ministério do Turismo disse que não houve discrepância entre os valores pagos à Agnelo Pacheco e à Perfil, de Minas, durante a gestão Walfrido.


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