São Paulo, sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Tudo vai ser diferente

"Desta vez tudo vai ser diferente" foi o enunciado da "Economist" ao dizer "por que o Brasil está mais bem situado para lidar com um desaquecimento mundial". A revista lista três "mudanças" que permitem ao país enfrentar a ameaça: demanda interna "forte"; maior integração ao mercado global; menor vulnerabilidade financeira. De todo modo, "está longe de ser imune".
Já o "Wall Street Journal" deu o título "Emergentes sentem o puxar dos EUA". Quem saiu dos EUA para "China, Índia e Brasil" descobre que eles "podem não ser refúgio". Mas o texto fecha esperançoso com os emergentes -e com seus US$ 4 trilhões em reservas.

economist.com
"APOCALYPSE NOW"
Na capa da nova "Economist", "a invasão dos fundos soberanos", que "lançam dinheiro" em Wall Street. A revista não vê nenhum mal, a não ser por uma provável reação xenófoba dos americanos


NEM PARECE
As Bolsas só fazem cair, mas por aqui sai um "negócio do ano" por semana, no dizer do blog de Lauro Jardim. Ontem foi a segunda mineradora do mundo, Anglo American, que confirmou negociar a compra da MMX, de Eike Batista, por US$ 5,5 bi. Deu no "Financial Times", Bloomberg, agências.

LÁ E CÁ
Também no "FT", o banco UBS disse que "vai encerrar serviços bancários secretos" a clientes americanos, na Suíça, "preocupado pela reputação". Já no Brasil, onde operações foram alvo da Polícia Federal, "nada vai mudar", diz o UBS.

DEMANDA BRIC
As Bolsas caem por aqui, mas a alemã "Der Spiegel" deu ontem a reportagem "A caça de lucros vai para o Sul". Diz que empresas européias como a Beiersdorf (Nivea) voltaram a mira para "países como China, Brasil e Índia, chaves para o crescimento".

ESQUECE
São Paulo faz um Encontro Global Reuters de Agricultura e Biocombustíveis, há dias, com cobertura da agência. Sob forte pressão paulista, o presidente da comissão de agricultura do Congresso dos EUA avisou que a tarifa sobre o etanol não muda "tão cedo".

ESQUADRÃO
Record
Na Record, um dos corpos da primeira chacina do ano


Para fazer a manchete dos telejornais, enfim, a chacina de sete na zona norte de São Paulo precisou da eventual ligação a morte de coronel. Record e outros perfilaram as vítimas, "a mulher que faz limpeza da padaria", "um carroceiro", "surdo-mudo". "Era tudo pessoal de bem, mano", descreveu um vizinho.
O "JN" até citou que eram "moradores", mas priorizou de novo o coronel da PM, "um dos oficiais mais atuantes".

ORKUT E A ANTROPOFAGIA
lemonde.fr
A Salon adianta trechos de um livro de Bryan McCann que explica a força do Orkut no Brasil pela cultura "anárquica" do país e sua "abertura essencial à fertilização cultural". Já "Le Monde" e "Foreign Policy" abordaram os sites sociais como fenômenos geopolíticos -com ironias ao Orkut, que só pegou aqui e na Índia. Orkut que, posta o blog de Sergio Amadeu, subiu à 10ª audiência global, colado à Wikipedia


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@ - Nelson de Sá


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