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Texto de 2ª Conferência Nacional da Cultura traz ataques à mídia
Documento diz que "monopólio" no setor representa "ameaça à democracia"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal realizará
ainda neste semestre a 2ª Conferência Nacional da Cultura,
cujo texto preparatório, disponível no site do Ministério da
Cultura, antecipa a possibilidade de novos ataques oficiais à
imprensa brasileira, como os
ocorridos na recém-realizada
Confecom (Conferência Nacional de Comunicação).
O texto-base do evento, que
está previsto para março, afirma, por exemplo, que "o monopólio dos meios de comunicação (mídias) representa uma
ameaça à democracia e aos direitos humanos".
Também diz que, apesar de
ser "legítimo" que a mídia comercial se organize com base
nas "demandas de mercado",
elas não podem ser as únicas a
prevalecer. O texto defende,
então, que emissoras públicas
desempenhem o papel de viabilizar "ideias e expressões culturais minoritárias".
"As TVs e rádios comerciais
vendem sua audiência (o público) para os anunciantes", afirma o documento, que propõe
um "controle social" na gestão
das TVs e rádios públicas.
A ideia seria criar "canais
permanentes dedicados à expressão das demandas dos diversos grupos sociais, na adoção de um modelo aberto à participação de produtores independentes", diz o documento.
O texto-base não se resume a
debater o papel da mídia. Também trata de desenvolvimento
científico, além de questões indígenas e ambientais.
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