São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 2001

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RUMO A 2002

Líder pedetista avalia que vitória da aliança PMDB-PSDB pode preparar a adoção de novo sistema de governo

Brizola vê "manobra" parlamentarista

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, acredita que o parlamentarismo poderá surgir como resultado da nova composição política após as eleições no Congresso. "Fernando Henrique Cardoso afirmou seu poder sobre o Congresso", disse anteontem, em Porto Alegre (RS). "A ameaça é de um novo casuísmo, como foi a reeleição, que garantirá mais poder ao presidente."
O temor de Brizola é que as eleições no Congresso resultem na adoção do parlamentarismo e na manutenção de FHC como chefe do Executivo, sob um novo sistema de governo após 2002.
No ano passado, FHC descartou, em mais de uma ocasião, a possibilidade de adoção do parlamentarismo em 2002.
Brizola também reagiu à posse do seu filho, o ex-deputado federal José Vicente Brizola, em um cargo do governo petista gaúcho dizendo que ele "não é o filho do Brizola, é o filho do Olívio, filho político do Olívio (Dutra, governador do Rio Grande do Sul)".
"Espero que não falem mais que ele é filho do Brizola. Daqui por diante ele é José Vicente, porque por mim ele não estaria neste lugar nem teria feito esta mudança de partido", declarou o pedetista.
"Quando os filhos querem partir, viver como hippies, podem partir, mas não voltem toda hora para mexer na geladeira." José Vicente trocou o PDT pelo PT e assumiu a direção da Lotergs.
Brizola afirmou que o PDT entrará na Justiça contra o PT por haver, segundo ele, um aliciamento de pedetistas com "cargos" e "dinheiro público". Os dissidentes do PDT que estão ocupando cargos no governo, porém, já haviam deixado o partido no segundo turno das eleições municipais.


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