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RUMO A 2002
Líder pedetista avalia que vitória da aliança PMDB-PSDB pode preparar a adoção de novo sistema de governo
Brizola vê "manobra" parlamentarista
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O presidente nacional do PDT,
Leonel Brizola, acredita que o parlamentarismo poderá surgir como resultado da nova composição política após as eleições no
Congresso. "Fernando Henrique
Cardoso afirmou seu poder sobre
o Congresso", disse anteontem,
em Porto Alegre (RS). "A ameaça
é de um novo casuísmo, como foi
a reeleição, que garantirá mais
poder ao presidente."
O temor de Brizola é que as eleições no Congresso resultem na
adoção do parlamentarismo e na
manutenção de FHC como chefe
do Executivo, sob um novo sistema de governo após 2002.
No ano passado, FHC descartou, em mais de uma ocasião, a
possibilidade de adoção do parlamentarismo em 2002.
Brizola também reagiu à posse
do seu filho, o ex-deputado federal José Vicente Brizola, em um
cargo do governo petista gaúcho
dizendo que ele "não é o filho do
Brizola, é o filho do Olívio, filho
político do Olívio (Dutra, governador do Rio Grande do Sul)".
"Espero que não falem mais que
ele é filho do Brizola. Daqui por
diante ele é José Vicente, porque
por mim ele não estaria neste lugar nem teria feito esta mudança
de partido", declarou o pedetista.
"Quando os filhos querem partir, viver como hippies, podem
partir, mas não voltem toda hora
para mexer na geladeira." José Vicente trocou o PDT pelo PT e assumiu a direção da Lotergs.
Brizola afirmou que o PDT entrará na Justiça contra o PT por
haver, segundo ele, um aliciamento de pedetistas com "cargos" e
"dinheiro público". Os dissidentes do PDT que estão ocupando
cargos no governo, porém, já haviam deixado o partido no segundo turno das eleições municipais.
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