São Paulo, quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

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Arcebispo pede que punição seja estendida pelo país

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A prisão do governador José Roberto Arruda (sem partido) foi um dos assuntos comentados ontem no lançamento da Campanha da Fraternidade deste ano, que tem como slogan a frase "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro", retirada do Evangelho de Mateus.
"Lastimamos muito, sendo verdadeiras todas as acusações, mas, por outro lado, a Justiça está sendo feita", disse dom José Alberto Moura, arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da comissão para o Diálogo Ecumênico da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). "Desejamos que a questão da punição se amplie pelo país em todos os setores.
Para Luiz Alberto Barbosa, representante da Igreja Anglicana, a prisão do governador tem tudo a ver com o tema da campanha: "Chegou-se ao ponto de vê-los colocando dinheiro em roupas de baixo e rezando, mas não era para o Deus da vida aquela reza", afirmou. "O que o Distrito Federal está vivendo é mais uma razão para levar a sério o tema da campanha", concordou Joanilson Pires do Carmo, da Igreja Sírio-Ortodoxa.
Apesar das referências à política, a campanha deve se centrar mesmo no incentivo ao que os religiosos chamaram de uma "economia solidária". Nesse sentido, o texto-base da campanha, traz críticas à alta carga tributária, aos juros e até ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), carro-chefe da campanha da pré-candidata Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, à Presidência.
No evento de ontem, foi tangenciado ainda o tema da oposição entre desenvolvimento econômico e meio ambiente.
"A economia não é algo do diabo, mas é o modo de usá-la que está em questão", disse dom José Alberto. A campanha é ecumênica, congregando a Igreja Católica, denominações ortodoxas e protestantes, e terá inserções de rádio e TV.


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