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Arcebispo pede que punição seja estendida pelo país
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A prisão do governador José
Roberto Arruda (sem partido)
foi um dos assuntos comentados ontem no lançamento da
Campanha da Fraternidade
deste ano, que tem como slogan
a frase "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro", retirada do Evangelho de Mateus.
"Lastimamos muito, sendo
verdadeiras todas as acusações,
mas, por outro lado, a Justiça
está sendo feita", disse dom José Alberto Moura, arcebispo de
Montes Claros (MG) e presidente da comissão para o Diálogo Ecumênico da CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). "Desejamos que
a questão da punição se amplie
pelo país em todos os setores.
Para Luiz Alberto Barbosa,
representante da Igreja Anglicana, a prisão do governador
tem tudo a ver com o tema da
campanha: "Chegou-se ao ponto de vê-los colocando dinheiro
em roupas de baixo e rezando,
mas não era para o Deus da vida
aquela reza", afirmou. "O que o
Distrito Federal está vivendo é
mais uma razão para levar a sério o tema da campanha", concordou Joanilson Pires do Carmo, da Igreja Sírio-Ortodoxa.
Apesar das referências à política, a campanha deve se centrar mesmo no incentivo ao que
os religiosos chamaram de uma
"economia solidária". Nesse
sentido, o texto-base da campanha, traz críticas à alta carga
tributária, aos juros e até ao
PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento), carro-chefe
da campanha da pré-candidata
Dilma Rousseff, ministra da
Casa Civil, à Presidência.
No evento de ontem, foi tangenciado ainda o tema da oposição entre desenvolvimento
econômico e meio ambiente.
"A economia não é algo do
diabo, mas é o modo de usá-la
que está em questão", disse
dom José Alberto. A campanha
é ecumênica, congregando a
Igreja Católica, denominações
ortodoxas e protestantes, e terá
inserções de rádio e TV.
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