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PSDB quer fazer PT reconhecer que
errou ao não apoiar proposta de FHC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A exemplo do que fez quando
pediu para o PT declarar por escrito que queria prorrogar de
2002 para 2003 a alíquota de
27,5% do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física), a oposição
pretende constranger o governo e
levá-lo a reconhecer que errou ao
não apoiar as reformas propostas
por Fernando Henrique Cardoso.
PSDB e PFL pensam ainda em
condicionar a votação dos projetos ao fim do que chamam de "leviandades", como seriam afirmações feitas pelo Planalto de que
Lula fará em um ano reformas
que FHC não fez em oito anos.
Tucanos e pefelistas ainda não
engoliram também uma declaração do presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), segundo a qual a oposição do
PT às reformas era parte de um
"projeto de poder".
"Quero que o PT confesse que
errou, que está traindo suas propostas de campanha", disse o líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (BA). "O governo terá
de mostrar sua base unida. O Babá [PT-PA], o PDT do Leonel Brizola e o PC do B", afirmou o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).
Tucanos e pefelistas não se mostraram impressionados com o fato de o presidente Lula ter obtido o apoio dos governadores que se
reuniram com ele anteontem. "O
governo quer cumplicidade para
não ficar muito clara a traição
eleitoral", diz Aleluia.
Em 1999, recorda o pefelista,
FHC também obteve manifestação parecida. Convidados a falar
na comissão especial que trataria
da cobrança dos inativos, só um
apareceu: Dante de Oliveira (MT),
que não conseguiu a eleição para
o Senado em 2002.
PSDB e PFL avaliam que serão
decisivos para a aprovação das reformas. Crêem que haverá dissidência na base governista. Dizem
que não vão entrar com os votos
para depois serem acusados pelo
PT de não terem feito nada.
De fato, há divergências na base.
O líder do PPS, Roberto Freire
(PE), aplaudiu a proposta da previdenciária, mas considerou "lamentável" um governo de esquerda não haver entendido que "a reforma tributária é um instrumento de redistribuição de renda".
O PSB promoverá no mês que
vem, no Rio, um seminário para
debater as reformas. No evento,
ficará decidida a forma como a
bancada federal do partido votará
as reformas no Congresso. Dois
pontos em especial foram desaprovados pela governadora: a indefinição sobre onde cobrar o ICMS e a taxação de inativos.
Colaborou a Sucursal do Rio
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