DA REPORTAGEM LOCAL

Com caneta e prancheta nas mãos, a estudante de biomedicina Mayara Vioto Valois, 23, tentava ontem angariar apoio para uma lista de abaixo-assinado pedindo a saída imediata do professor Ulysses Fagundes Neto da reitoria. Não era difícil. Ela estava no DCE (Diretório Central dos Estudantes), uma espécie de Q.G. pró-afastamento do reitor. "Ele tem de sair. Se for preciso, sou favorável à invasão da reitoria. Mas espero que essa seja a última alternativa", disse.

 

FOLHA - Como você viu a explicação do reitor?
MAYARA VIOTO VALOIS - O que ele fez foi um desrespeito à sociedade brasileira. E tomar uma atitude é mais do que um direito, é um dever. A gente tem de reivindicar, sim, tirar esse reitor corrupto do cargo, pois ele não corresponde à pessoa pública que deveria ser. Para ser reitor o mínimo que tem de ter é o conhecimento básico sobre o que fazer com o dinheiro que tem em mãos.

FOLHA - Mas ele disse que ele se equivocou.
VALOIS - Ele é um despreparado para ocupar um cargo tão importante, numa universidade tão importante. Não sabe os deveres que tem como reitor e como administrador.

FOLHA - Você defende uma invasão da reitoria?
VALOIS - Devem ser tomadas todas as medidas possíveis antes de uma invasão. Temos de pressionar da melhor forma. Se for necessário, que seja invadida. Mas essa atitude tem de ser muito bem pensada.


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