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Estado possui alguns dos piores índices sociais
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
O Maranhão tem alguns
dos piores indicadores sociais do Brasil. Segundo dados do IBGE, com base na
Pnad (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios) de
2007, o Estado tem a segunda maior taxa de mortalidade infantil do país (39,2 por
mil nascidos vivos) e o maior
percentual de domicílios urbanos (43%) com renda per
capita de até meio salário mínimo (R$ 232,50).
Os maranhenses apresentam a segunda menor expectativa de vida entre os brasileiros: 67,6 anos. Perdem para os alagoanos. A esperança
de vida média no Brasil é de
72,7 anos. O Estado tem também o segundo pior PIB per
capita do Brasil, segundo o
IBGE -atrás do Piauí.
Desde a campanha eleitoral, Jackson Lago (PDT)
anunciou que faria um governo voltado ao desenvolvimento econômico e à melhoria dos indicadores sociais.
Na comparação com dados
da Pnad de 2006, os números
melhoraram no primeiro
ano da gestão, mas foi assim
nos demais Estados do país.
Nos últimos dois anos, o
governo Lago construir 165
escolas, mas enfrentou uma
das maiores greves de professores do Estado: 87 dias.
No último mês, criou um bolsa família estadual, para
complementar a renda das
famílias mais pobres, e acelerou a inauguração de uma
ponte ligando o sul do Estado
ao Tocantins, uma antiga reivindicação da região.
O ex-governador abriu o
diálogo com os movimentos
sociais, que deram apoio a
ele no final de seu governo.
Para o professor de história Wagner Cabral, da UFMA
(Universidade Federal do
Maranhão), o governo Lago,
apesar de ter representantes
de movimentos sociais, reuniu políticos que foram do
grupo de José Sarney e continuou reproduzindo ideias e
práticas paternalistas adotadas por gestões anteriores.
"O próprio [ex-]governador no início nomeou vários
familiares e parentes de assessores. A prática do nepotismo e a utilização da máquina pública aos interesses
políticos continuam", diz Cabral. Para ele, no entanto, Lago teve maior interlocução
com a sociedade que os governos anteriores.
A oposição a Lago centrou
suas críticas no aumento da
criminalidade no Estado.
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