São Paulo, terça-feira, 18 de maio de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Obama reluta

A reunião de pauta do "New York Times", que agora é postada em vídeo, priorizou ontem pela manhã o acordo no Irã _e descobrir a posição dos EUA. No mesmo "NYT", no fim do dia, em reportagem de oito correspondentes, "o acordo negociado por Turquia e Brasil espelha o acordo com o Ocidente em outubro, mas está longe de ficar claro se o governo Obama vai concordar com ele agora". Fechando o texto, "se tiver êxito, o acordo vai ampliar e sublinhar a ascensão da Turquia e do Brasil como forças globais". O "Financial Times", otimista, apoiou o acordo em editorial, afirmando que pode bem se mostrar a saída para o impasse com o Irã.

 


Já o site do "Washington Post" destacou "análise" crítica, "Irã cria ilusão de avanço", e só. E o "Wall Street Journal" adiantou editorial crítico não só a Brasil, Turquia e Irã, mas aos EUA. Diz que Lula "triangulou sua própria solução diplomática" e, "em seu primeiro pôquer de aposta alta, a secretária Hillary Clinton deixa a mesa vestindo só um barril".



POR QUE O BRASIL
O Council on Foreign Relations, de NY, a instituição mais influente sobre a política externa dos EUA, destacou no fim do dia a avaliação de que o "incompleto" acordo "põe EUA e seus parceiros europeus em situação difícil", mas "a escolha certa para os EUA no fim pode ser receber bem a troca de combustível anunciada".
No segundo destaque do CFR, o acadêmico brasileiro Matias Spektor postou "Por que o Brasil é o mediador", dizendo que "a visão em Brasília é que os problemas que antes podiam ser ignorados agora exigem resposta", num momento em que se "redefinem seus interesses nacionais, como é normal para potências em ascensão".

VIRAL

foreignpolicy.com
A "Foreign Policy" postou nove fotos de Lula fotografando jornalistas e outros em eventos globais e perguntou, aos internautas, "o que está acontecendo?"

PARA SEMPRE?
A "Foreign Policy" deu três análises sobre o acordo, com imagens de Lula e do primeiro-ministro da Turquia e chamadas como "A vingança das potências médias" e "Declínio e queda dos parceiros da América?".
Na terceira e mais destacada, o analista David Rothkopf, sob o título "O Brasil e a Turquia acabaram de mudar o Oriente Médio para sempre?", avalia que a ação pode ter derrubado anos de "escolha binária", entre EUA e a União Soviética e depois EUA e a "comunidade internacional", no conflito para definir os rumos da região.

VALE TENTAR...
Em posts no "Financial Times", os correspondentes Jonathan Wheatley e David Gardner avaliaram que "tudo pode se dissolver", mas "a iniciativa do Brasil pode também evitar guerra com o Irã. Vale a tentativa".

RIR POR ÚLTIMO
Em post na Al Jazeera, a correspondente para América Latina Lucia Newman avalia que, sob ataque da cobertura nos EUA e no próprio Brasil, Lula arrancou um "gesto de boa vontade" do Irã -e pode vir a "rir por último".

"Merece aplausos tanto a iniciativa brasileira como a coragem do ministro Celso Amorim. Todos eles só merecem aplausos. Não há dúvida de que [Lula] desempenhou um papel muito importante. Não há dúvida de que é um grande momento da diplomacia brasileira."
Do ex-ministro RUBENS RICUPERO, em entrevista ao Terra.

EM CAMPANHA

g1.globo.com/jornal-nacional
O "JN" destacou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, candidato à reeleição e adversário de Lula, que "elogiou esforço do Brasil, mas disse que há falta de confiança no Irã"




O SOCIALISTA

Tom Miletic/guardian.co.uk
O "Guardian" perfilou Romário, destacando que ele agora "joga pelo poder político", candidato pelo PSB e tendo Lula por ídolo político, pois "mudou a história do Brasil"

"AHEAD"
Sobre a pesquisa Vox Populi do final de semana, no enunciado da agência Reuters, "Rousseff à frente". Da Bloomberg, "Rousseff supera Serra". Da Xinhua, "lidera pesquisa". Também sobre a pesquisa Sensus de ontem, na Dow Jones, "Rousseff lidera".

NUNCA ANTES
Na manchete do portal iG ao longo do dia, pouco atento ao acordo no Irã, "Geração de empregos bate recorde". Foi "o maior volume da história em um mês" e também "o melhor quadrimestre da história".
No G1 da Globo, depois, também em manchete, "Criação de empregos bate recorde em abril".



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