São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Autonomia do BC fica mais distante após MP

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A medida provisória que concedeu ao presidente do Banco Central o status de ministro de Estado foi adotada pelo governo como uma alternativa à proposta original de conferir autonomia ao BC -e, ironicamente, a opção vai no sentido oposto ao da autonomia, ainda tida como ideal pela equipe econômica.
A autonomia -na prática, mandatos fixos ao presidente e aos diretores da instituição- é defendida por Palocci e Meirelles, mas tem forte oposição do PT e de setores do governo, para os quais o Executivo deve comandar as políticas monetária e cambial.
O Planalto deu um único passo rumo à autonomia: aprovou, no ano passado, uma emenda constitucional que permite regulamentar o artigo 192 da Constituição, que trata do sistema financeiro.
Não houve apoio, porém, para o segundo passo: o envio de um projeto fixando os mandatos no BC. A alternativa foi dar a Meirelles o status de ministro. O improviso deixa o cargo de presidente do BC mais distante da pretendida autonomia: em vez de autônomo, fica mais caracterizado como do governo. (GUSTAVO PATÚ)


Texto Anterior: Só o Supremo poderá julgar o presidente do BC
Próximo Texto: Previdência: Dividido, STF julga a cobrança dos inativos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.