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Tarso quer limitar papel de Palocci
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente interino do PT,
Tarso Genro, quer reduzir o papel
do ministro da Fazenda, Antônio
Palocci, na elaboração do programa de governo para um eventual
segundo mandato do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi o que ele disse ontem a oito
deputados petistas do Distrito Federal -cinco distritais e três federais-, em café da manhã. Tarso
também afirmou que gostaria de
ser ele próprio o coordenador do
novo programa de Lula, em substituição a Palocci, que teve a função em 2002. Informou aos companheiros que teve uma conversa
com Lula nesse sentido em julho,
mas que não recebeu resposta.
"Já disse ao presidente Lula que
posso ser o coordenador do programa de governo, mas se continuar essa concepção de política
econômica, estou fora", disse ele,
segundo relato de participantes
do encontro.
É pouco provável que Palocci
novamente coordene o programa
de governo de Lula, mas sua influência em qualquer documento
deve ser grande. É quanto a isso
que Tarso se insurge. Ele vem demonstrando que está disposto a
comprar briga com a equipe econômica para se cacifar internamente e consolidar a frágil posição em que se encontra.
O presidente do PT sofreu uma
sucessão de derrotas em seu projeto de "refundar" o partido, causadas pelo grupo mais ligado ao
ex-ministro e deputado José Dirceu (SP). A última foi anteontem,
quando Tarso foi voto vencido na
proposta de abertura de processo
na Comissão de Ética do partido
contra sete deputados federais
-entre eles Dirceu- citados pela CPI dos Correios.
No café da manhã com os deputados, Tarso fez ainda duras críticas à política econômica. O petista
afirmou que a política econômica
de juros altos e superávit primário
exagerado foi determinante no
governo.
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