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Ministros batem
boca durante
julgamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do STF (Supremo
Tribunal Federal) Nelson Jobim sugeriu ontem que o colega Carlos Britto teria antipatia
pelo povo judeu. Essa foi uma
das discussões entre membros
do STF durante o julgamento
do habeas corpus movido pelo
editor de livros do Rio Grande
do Sul Siegfried Ellwanger.
Jobim interrompeu Britto no
momento em que ele fazia referências pessoais a Ellwanger,
como o fato de ser um industrial. "O senhor conhece o editor de livros?" Britto respondeu
que conhecia vários juristas
gaúchos e que os havia consultado sobre o tema. A indagação
seguinte de Jobim foi ainda
mais dura: "Todos eles são de
origem alemã?".
Em 9 de abril, quando o processo foi a julgamento pela segunda vez, houve discussão entre os ministros Moreira Alves,
relator do habeas corpus, e
Maurício Corrêa, atual presidente do STF.
Alves acusou o colega de ter
copiado os pareceres do ex-ministro das Relações Exteriores e
professor de direito da Universidade de São Paulo Celso Lafer
e do ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, ambos representando a comunidade judaica. Alves era o integrante
mais antigo do tribunal e iria se
aposentar dez dias depois.
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