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ELEIÇÕES 2004/PESQUISA
Taxa de ótimo/bom sobe de 29% para 38%, e a de ruim/péssimo cai de 26% para 19%; 55% aprovam o desempenho do presidente
Aprovação da gestão Lula cresce 9 pontos desde junho, diz CNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A avaliação do governo de Luiz
Inácio Lula da Silva atingiu neste
mês a melhor marca do nas pesquisas CNI/Ibope. Em levantamento divulgado ontem, os entrevistados que consideram a gestão
ótima ou boa somam 38% do total, em comparação com os 29%
de junho e com os 34% de março.
O desempenho da administração federal, no entanto, não conseguiu superar o índice alcançado
em dezembro de 2003, quando o
governo atingiu seu pior desempenho no ano passado, 41% de
avaliação positiva.
Na pesquisa divulgada ontem, a
avaliação ruim/péssima caiu de
26% para 19%, e a "regular" oscilou dentro da margem de erro, de
42% para 40% no período.
"O resultado da pesquisa mostra que houve uma reversão da
avaliação da população brasileira
em relação ao governo, ao presidente e ao índice de confiança",
afirmou Marco Antonio Guarita,
diretor da CNI (Confederação
Nacional da Indústria).
Aprovação
A aprovação de Lula passou de
51% para 55%, e os que desaprovam o presidente caíram de 42%
para 36%. A confiança no presidente foi de 54% a 58%, no mesmo período, enquanto o grupo
dos que não confiam em Lula foi
reduzido de 43% para 37%.
A pesquisa ouviu 2.002 eleitores
de 16 anos ou mais, entre os dias 9
e 14. As entrevistas foram realizadas em 140 municípios, com
abrangência nacional. A margem
de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Os
dados da pesquisa, encomendada
ao Ibope pela CNI, foram analisados pela MCI Estratégia.
"A preocupação [em relação
aos] salários vem crescendo gradativamente desde março. Já para
o desemprego, embora ainda seja
a maior inquietação da população, o índice vem caindo", disse
Amaury Teixeira, consultou da
MCI. A diminuição no temor de
perda do emprego vem acompanhando a queda do desemprego
no país. A taxa de desocupação
em seis regiões metropolitanas
medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
que atingiu o pico de 13,1% em
abril, recuou para 12% em maio,
11,7% em junho e 11,2% em julho.
A retomada é atestada pela recuperação do emprego na indústria, como revelam dados divulgados anteontem pelo IBGE. Na
comparação livre de efeitos sazonais, o emprego industrial subiu
0,5% em junho e 0,2% em julho.
Tarefas do governo
Em respostas preestabelecidas,
50% dos entrevistados responderam que a principal tarefa do governo é promover o crescimento e
o emprego. O índice era de 58%
em março e de 55% em junho.
Melhorar os salários foi apontado
por 27% (21% em março e 24%,
em junho). As outras alternativas
eram "controlar a inflação" (13%)
e "melhorar as condições sociais"
(9%). "No que se refere a emprego
e economia, há uma evolução dos
índices. Em outros indicadores,
como a área social e de segurança,
a alteração dos indicadores é pequena. Isso só reforça a percepção
de que avaliação está bastante influenciada pela questão econômica", declarou Teixeira.
Em uma análise por público, o
relatório da pesquisa indica que
houve uma inversão da avaliação
do governo nas capitais. Há três
meses, 24% indicaram o governo
como bom ou ótimo, em comparação com os 29% que consideravam a gestão Lula ruim ou péssima. Já nesta pesquisa, a avaliação
positiva subiu para 33%, enquanto a negativa caiu para 22%.
A expectativa de aumento do
desemprego caiu. Em junho, 55%
dos entrevistados consideravam
que o desemprego iria aumentar
nos próximos seis meses. Já na última pesquisa, 44% vêem a perspectiva de um maior desemprego.
(LUIS RENATO STRAUSS)
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