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Governadores pedem PMDB na base lulista
Reunidos em Florianópolis, três governadores eleitos do partido afirmaram que sigla deve dar "suporte à governabilidade"
Assinaram a nota Luiz Henrique (SC), Pucinelli (MS) e Requião (PR), além de
Rigotto (RS); Temer diz que levará decisão ao presidente
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS
Depois de ver esvaziado o encontro que reuniria os sete governadores eleitos do PMDB,
os três governadores do Sul e o
governador eleito de Mato
Grosso do Sul anunciaram em
Florianópolis apoio para a sigla
integrar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Presente ao encontro, o presidente do PMDB, Michel Temer, disse que será o porta-voz
da decisão a Lula, no encontro
agendado entre os dois para a
próxima quarta-feira.
Uma nota diz que os governadores ""manifestam à nação o
desejo de que o PMDB dê suporte à governabilidade, baseada na retomada do desenvolvimento nacional, com base num
pacto federativo, que viabilize
os Estados e municípios para
geração de emprego, elevação
da renda e inclusão social".
O documento foi elaborado
pelo anfitrião, o governador
reeleito de Santa Catarina, Luiz
Henrique da Silveira, pelo governador reeleito do Paraná,
Roberto Requião, pelo governador em fim de mandato no
Rio Grande do Sul, Germano
Rigotto, e pelo governador eleito de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli. Os outros quatro governadores eleitos do
PMDB não compareceram.
"Adesão" e "submissão"
Antes da divulgação da nota,
dois dos signatários haviam feito, ontem à tarde, críticas à
"adesão" e à "submissão" de
parte do PMDB ao governo.
"Quem aderiu foi o Sarney,
que tem que nomear a filha. Esse, sim, aderiu", afirmou Puccinelli, atacando o senador José
Sarney (AP), um dos interlocutores do PMDB na negociação
com o presidente. Derrotada na
eleição ao governo do Maranhão, Roseana Sarney (que deve sair do PFL) é cotada para
compor o ministério de Lula.
Luiz Henrique ia na mesma
linha. Disse, sem citar nomes,
que quem esvaziou a reunião
"fez a política da submissão e
cometeu um erro abissal".
Hartung
Um dos ausentes no encontro em Florianópolis, o governador reeleito do Espírito Santo, Paulo Hartung, disse ontem
em Belo Horizonte que o
PMDB, pode auxiliar um processo de "distensão" entre o PT
e o PSDB no segundo mandato
de Lula.
Além de Hartung, também
não foram os eleitos Sérgio Cabral (RJ), Marcelo Miranda
(TO) e Eduardo Braga (AM).
Segundo Hartung, a disputa
entre tucanos e petistas deve
cessar para que o país retome a
sua agenda de crescimento. "O
PMDB tem uma boa relação
com as duas forças políticas, e
acho muito importante um distensionamento desse processo
político, isso ajuda o país."
Colaborou PAULO PEIXOTO, da Agência Folha, em Belo Horizonte
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