São Paulo, Sábado, 18 de Dezembro de 1999


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FHC e Aeronáutica em rota de colisão


Embraer
A Aeronáutica está contestando o interesse da Embraer de vender 20% das ações ordinárias (US$ 206 milhões) a quatro empresas aeroespaciais francesas (Aérospatiale-Matra, Dassault, Snecma e Thomson-CSF). Afirma que a venda prejudica o país em aspectos militares, de defesa nacional e comerciais e que dois conselheiros do governo não foram ouvidos. A área econômica não vê problema no negócio, e FHC se irrita com os argumentos de "caráter nacionalista" da Aeronáutica
Infraero
A Aeronáutica acha que os aeroportos brasileiros não devem ser privatizados porque a iniciativa privada só vai querer ficar com aqueles que dão lucro. O governo quer que a Empresa de Infra-estrutura Aeroportuária, comandada pela Aeronáutica, comece a discutir, pelo menos, processos de parceria com a iniciativa privada
Programa espacial
O Planalto acha que o programa espacial deveria procurar parcerias técnico-científicas para conseguir resultados melhores e mais rápidos. Os brigadeiros falam em soberania nacional e até já compraram componentes de tecnologia sensível (de mísseis) no mercado negro internacional para montar o foguete lançador. O foguete já foi lançado duas vezes e, nas duas, teve de ser destruído
Elcio Alvares
FHC não aceita a rebeldia declarada do comando da Aeronáutica. Walter Bräuer é, dos três comandantes (Exército, Marinha e Aeronáutica), o que demonstra publicamente, e de forma acintosa, o descontentamento com a escolha de Elcio Alvares para a Defesa
Aviação civil
A Aeronáutica não concorda em entregar a coordenação, fiscalização e regulamentação da aviação civil a uma futura agência reguladora dos transportes. FHC quer que o comando da Aeronáutica cuide apenas da força armada (FAB). A lei de criação do Ministério da Defesa prevê que a futura Agência de Avião Civil sairá da Aeronáutica
Drogas no avião da FAB
Na avaliação do governo, e pelas queixas que a CPI do Narcotráfico tem feito, a Aeronáutica não colabora o suficiente com as investigações dos deputados. A CPI considera o caso da apreensão de um avião da FAB, com mais de 30 quilos de cocaína, como uma das pistas mais reveladoras das rotas do narcotráfico no Brasil


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