São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 2000
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CONGRESSO Senador tenta atrair tucanos Sarney usa mostra para fazer campanha RAYMUNDO COSTA ENVIADO ESPECIAL A SÃO LUÍS Uma coleção de 300 peças da Mostra do Redescobrimento, entre os quais a carta de Pero Vaz de Caminha, aportou sábado à noite em São Luís (MA), onde foi recebida em festa para 500 convidados preparada sob medida para transformar o senador José Sarney (PMDB-MA) no candidato do "entendimento" à presidência do Senado. Sarney articula acordo entre os partidos para ser a saída ao impasse que divide a aliança governista no Congresso. Entre os convidados, dois escolhidos a dedo: o ministro da Saúde, José Serra, e o governador do Ceará, Tasso Jereissati, ambos tucanos e pré-candidatos à sucessão de Fernando Henrique Cardoso. Tasso circulou com desembaraço na condição de pré-candidato à cadeira de FHC. "O Mário Covas é uma referência no PSDB. O fato de ele lançar meu nome me deixa muito honrado, mas tenho consciência de que ainda há muito chão até 2002", repetia. Serra, que sofreu um revés quando Covas declarou apoio Tasso, pouco conversou com o governador do Ceará e foi bem mais comedido, repetindo sempre que não é candidato. Mas, ao contrário de Tasso, foi o objeto de mais atenção de Sarney. Explica-se: Sarney articula para ser o candidato do "entendimento" dos partidos à presidência do Senado. Tasso é aliado de primeira hora desse projeto, mas Serra está alinhado com a candidatura do senador Jader Barbalho (PMDB). Tirando o apoio de Serra a Jader, Sarney praticamente fecha o espectro de composições necessárias para se viabilizar como candidato do "consenso". O ex-presidente não economizou mesuras ao ministro. Na sexta-feira passada, foi buscá-lo tarde da noite no aeroporto, levando-o em seguida para um jantar em família. No dia seguinte, após acompanhar Serra na inaugurações de hospitais, levou o tucano para almoçar na casa de seu filho Fernando. Conversaram sobre sucessão presidencial e a eleição do próximo presidente do Senado por quase duas horas. O jornalista RAYMUNDO COSTA viajou ao Maranhão a convite do governo do Estado Texto Anterior: Caso TRT: PF dobra vigilância para evitar nova fuga Próximo Texto: Rumo a 2002: PPS rejeitaria apoio do PFL, afirma Freire Índice |
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