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Dividido, PT quer ouvir seus líderes antes de repudiar
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente interino do PT,
Marco Aurélio Garcia, deve se
reunir hoje, em Brasília, com os
líderes do partido na Câmara e
no Senado para discutir uma
posição da sigla sobre como
proceder diante do aumento
nos salários dos parlamentares.
No final de semana, em eventos do PT dos quais participou
em São Paulo, Garcia foi questionado sobre a questão, mas se
limitou a dizer que o assunto
teria que ser debatido com as
representações do Congresso,
apesar de o senador Eduardo
Suplicy, em mais de um oportunidade nos mesmos eventos,
ter criticado o aumento e cobrado uma postura do partido.
"Eu não tomaria qualquer
posição sem ter discutido antes
com as lideranças. Na segunda-feira [hoje], iremos conversar
com o Henrique [Fontana, líder do PT na Câmara] e com a
Ideli [Salvatti, líder no Senado]
e ver como vamos enfrentar essa questão", disse Garcia.
A "saia justa" no PT se deu
por conta do líder do governo
na Câmara, Arlindo Chinaglia
(PT), que, candidato à presidência da Casa, apoiou o aumento dos salários, a exemplo
do que fez Aldo Rebelo (PC do
B), atual presidente.
Estrelas petistas de fora do
Congresso, no entanto, não
poupam críticas. "Foi realmente um escândalo. Poderiam até
ter dado um aumento, mas essa
proporção foi um absurdo, não
concordo. O PT precisa se manifestar contra", disse a ex-prefeita Marta Suplicy.
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