São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

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Repasse à PlayTV caiu neste ano com "Lulinha"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Play TV, ex-Rede 21, amargou até novembro uma queda de faturamento com publicidade estatal federal de 67% em comparação com os valores de 2005.
A cifra recebida pela emissora até novembro foi de R$ 1,11 milhão. No ano passado foi de R$ 3,36 milhões -atualizados pelo IPCA e constantes no banco de dados da Secom, na Presidência da República.
A Play TV tem sido enfocada desde a sua associação com a Gamecorp, empresa de Fábio Luiz Lula da Silva, filho do presidente Lula.
Desde o início deste ano, Fábio Luiz, também conhecido como Lulinha, arrenda uma parte do horário da emissora e transmite programas sobre games. Fez parte do acerto entre ele a TV a mudança do nome de Rede 21 para Play TV, e a divisão do faturamento publicitário.
A rede é uma emissora que transmite em UHF para várias cidades no Estado de São Paulo e por cabo em outras partes do país -chega a ter seu sinal repetido por TVs de VHF em algumas cidades, como Brasília. Sua acionista majoritária é a TV Bandeirantes.
Com a entrada de Lulinha na Play TV/Rede 21, a expectativa do mercado publicitário era a de que as verbas de propaganda federal poderiam aumentar para esse canal. Ocorreu o inverso, segundo dados obtidos pela Folha. Mas a situação da empresa é melhor do que nos anos em que o presidente da República era Fernando Henrique Cardoso.
O R$ 1,1 milhão de faturamento com publicidade estatal federal neste ano representa um aumento de 208,3% sobre os R$ 360 mil recebidos em 2002, último ano de FHC no Palácio do Planalto.
Antes de Lulinha entrar para a emissora, entretanto, as verbas federais eram mais fartas. Em 2004, a emissora chegou a receber R$ 4,6 milhões pela veiculação de anúncios de organismos federais. (FR)


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