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Sem-terra ligados à CUT e ao MST invadem 12 fazendas em São Paulo
Ato, articulado por José Rainha, cobra agilidade na escolha de novo ministro
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA
Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ligados a José
Rainha Jr. e agricultores vinculados a sindicatos controlados
pela CUT (Central Única dos
Trabalhadores) invadiram na
madrugada de ontem 12 fazendas no oeste de São Paulo.
Apesar de proibido de falar e
agir em nome do MST, Rainha
foi o principal articulador das
ações que, segundo ele, têm o
objetivo de "cobrar agilidade"
dos governos federal e estadual
na reforma agrária.
Mesmo afirmando dar "um
voto de confiança ao companheiro Lula", Rainha cobrou
rapidez do presidente na escolha do novo ministro do Desenvolvimento Agrário, cargo ocupado por Guilherme Cassel.
"Espero que Lula possa o
mais rápido possível definir o
novo ministro do Desenvolvimento Agrário. O que está aí
não funciona. É preciso ter agilidade, ação política e avançar o
diálogo para fazer, de fato, a reforma agrária", disse.
As invasões ocorreram no
Pontal do Paranapanema (dez
fazendas) e na Nova Alta Paulista (uma em Dracena e outra
em Flora Rica), novo reduto de
atuação de Rainha com a CUT.
Segundo a coordenação dos
grupos, outras quatro invasões
estavam previstas para a madrugada de hoje. Das 12 áreas
invadidas, nove são alvo constante dos sem-terra. A Polícia
Militar informou que, até o final da tarde, nenhum incidente
havia sido registrado.
Clédson Mendes da Silva, da
direção estadual do MST, diz
que o movimento não reconhece as ações. "O Zé Rainha está
agindo pelo próprio nome."
A reportagem tentou contatos com o Incra e o Itesp, mas
os telefones estavam na caixa
postal. Até o fechamento da
edição, nenhum representante
dos órgãos telefonou de volta.
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