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STJ vai decidir se caso Arruda será prorrogado por 30 dias
Procuradoria diz que ainda faltam apurar informações e ouvir testemunhas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Procuradoria-Geral da República pediu ontem ao STJ
(Superior Tribunal de Justiça)
mais 30 dias para investigar o
mensalão do DEM, suposto esquema de distribuição de propinas em que o principal acusado é o governador cassado José
Roberto Arruda (sem partido).
A prorrogação do inquérito
da Operação Caixa de Pandora
foi solicitada um dia depois de a
defesa de Arruda ter postulado
sua prisão domiciliar.
Caso o STJ decida dar mais
tempo para o trabalho da Polícia Federal, a Procuradoria
usará a prorrogação para sustentar que Arruda deve continuar preso, como forma de garantir que a investigação transcorra sem a interferência do
governador cassado.
"A prisão domiciliar seria
inócua porque corresponderia
à soltura. Ele teria as mesmas
condições de tentar influir na
produção das provas", disse o
procurador-geral da República,
Roberto Gurgel.
No pedido de prorrogação, a
Procuradoria sustenta que ainda faltam apurar dados bancários, fiscais e telefônicos, além
de ouvir testemunhas.
Ontem, Arruda fez um cateterismo que identificou lesão
em uma das artérias. Segundo o
cardiologista Brasil Caiado, a
obstrução é de 50% e o governador cassado será tratado com
dieta, remédios e exercícios físicos. O médico disse que a prisão domiciliar pode melhorar o
quadro de Arruda.
Arruda passou mais de 12 horas no hospital para fazer exames e teve de dormir no Instituto do Coração. O agravamento de seu estado de saúde é o
principal argumento da defesa
para convencer o STJ a conceder a prisão domiciliar.
A defesa havia pedido que o
governado cassado ficasse no
hospital até se recuperar do
problema no coração, mas o
STF negou o pedido.
O TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral) notificou a Câmara Legislativa do DF sobre a
cassação do mandato de Arruda por infidelidade partidária.
Com a notificação, ele perde o
foro privilegiado e pode ir para
um presídio comum. A defesa
deve recorrer na segunda.
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