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Pataxó foi morto há 4 anos
da Redação
O ato que matou em Brasília o
índio pataxó Galdino Jesus dos
Santos completa hoje quatro
anos. Queimado vivo enquanto
dormia em uma parada de ônibus
por Max Rogério Alves, Tomás
Oliveira de Almeida, Eron Chaves
de Oliveira, Antônio Novély de
Vilanova e pelo então menor
G.N.A.J., Santos teve 95% do corpo queimado e morreu no dia seguinte, dia 21 de abril de 1997.
Segundo os advogados que defendem os jovens, que confessaram ter ateado fogo a Santos, eles
não tiveram a intenção de matá-lo
nem sabiam que ele era um índio.
Teriam colocado fogo em seu cobertor pensando que era um
mendigo, para assustá-lo.
Com base nos argumentos da
defesa, a juíza Sandra De Santis
Mello, então presidente do Tribunal do Júri do Distrito Federal,
classificou em 12 de agosto de
1997 o crime como "lesão corporal seguida de morte", o que permitiria o julgamento por juiz criminal a ser escolhido aleatoriamente e descaracterizaria o crime
cometido como hediondo.
Em 9 de fevereiro do ano passado, a quinta turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) derrubou a decisão da juíza e determinou que os réus confessos fossem
julgados por júri popular.
O assassinato do índio teve seu
tipo penal alterado para homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, cruel e uso de recurso
que impossibilitou a defesa da vítima (que estava dormindo). O
julgamento ainda não ocorreu.
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