São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2000


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Pataxó foi morto há 4 anos

da Redação

O ato que matou em Brasília o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos completa hoje quatro anos. Queimado vivo enquanto dormia em uma parada de ônibus por Max Rogério Alves, Tomás Oliveira de Almeida, Eron Chaves de Oliveira, Antônio Novély de Vilanova e pelo então menor G.N.A.J., Santos teve 95% do corpo queimado e morreu no dia seguinte, dia 21 de abril de 1997.
Segundo os advogados que defendem os jovens, que confessaram ter ateado fogo a Santos, eles não tiveram a intenção de matá-lo nem sabiam que ele era um índio. Teriam colocado fogo em seu cobertor pensando que era um mendigo, para assustá-lo.
Com base nos argumentos da defesa, a juíza Sandra De Santis Mello, então presidente do Tribunal do Júri do Distrito Federal, classificou em 12 de agosto de 1997 o crime como "lesão corporal seguida de morte", o que permitiria o julgamento por juiz criminal a ser escolhido aleatoriamente e descaracterizaria o crime cometido como hediondo.
Em 9 de fevereiro do ano passado, a quinta turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) derrubou a decisão da juíza e determinou que os réus confessos fossem julgados por júri popular.
O assassinato do índio teve seu tipo penal alterado para homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (que estava dormindo). O julgamento ainda não ocorreu.


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