Fazenda de indústria de citricultura foi tomada após grupo ter deixado outra área por ordem judicial

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE
DA AGÊNCIA FOLHA

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promoveu ontem mais uma invasão no interior de São Paulo. Segundo a Polícia Militar de Borebi (311 km de SP), o alvo foi a fazenda Santo Henrique, da indústria de citricultura Cutrale. A invasão ocorreu duas horas após os sem-terra terem deixado, por ordem judicial, a fazenda Água do Pilintra, invadida há uma semana em Agudos (325 km de SP), que pertence à multinacional Ambev.
Em nota, a PM informou que cerca de 300 integrantes do MST, "portando facões e foices", invadiram a fazenda.
A direção estadual do MST disse que a invasão foi pacífica, sendo mais uma ação do chamado "Abril Vermelho".
O Incra disse que a área integra o núcleo colonial Monção, obtido por sentença judicial em 1909 pela União, que posteriormente foi grilada por terceiros.
A Cutrale disse que é dona "de uma parte da área em questão, não da totalidade". Afirmou que a área é produtiva e que analisa medidas a tomar.

Mais ações
Na Bahia, cerca de 500 famílias de sem-terras invadiram ontem uma fazenda no município de Carinhanha (801 km de Salvador), segundo o MST.
No Rio Grande do Sul, o MST realizou dois bloqueios na BR-158, em Santana do Livramento. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os dois sentidos da pista ficaram paralisados por 40 minutos em cada ação. Em São Gabriel, os sem-terra desocuparam a fazenda Southall.
No Rio, cerca de cem integrantes do MST ocuparam ontem a Prefeitura de Cardoso Moreira. A invasão transcorreu sem violência. Eles cobraram investimentos em infra-estrutura em assentamentos.