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Cabos eleitorais assumem cadeiras no Senado
DA REDAÇÃO
Os suplentes dos senadores
não são eleitos diretamente, mas
escolhidos pelos próprios candidatos para compor a chapa entre
seus parentes, cabos eleitorais e
financiadores de campanha.
Um caso curioso ocorreu em
1990, quando Hélio Campos (ex-governador de Roraima) se lançou ao Senado. Sem dinheiro para a campanha, indicou dois cabos eleitorais como suplentes: o
pedreiro João França e o marceneiro Claudomiro Pinheiro.
Eleito, Campos tomou posse
em fevereiro de 91, mas morreu
em abril. França assumiu a vaga.
Disse que era tão "liso" quanto
Campos e que nem pôde dar dinheiro à campanha. Na sua biografia, aparece como "microempresário" da construção civil.
A suplente do senador Arlindo
Porto (PTB-MG) era a secretária
Regina d'Assumpção, que nunca tinha se candidatado a um
cargo eletivo na vida. Acabou
ocupando uma vaga no Senado
de 1996 a 1998, quando Porto
ocupou uma vaga no ministério.
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