São Paulo, sábado, 19 de maio de 2001

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RUMO A 2002

Filha de Covas é novo nome na executiva e deve disputar próxima eleição

PSDB elege hoje novo presidente

RONALD FREITAS
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, José Aníbal, será eleito hoje o novo presidente nacional do PSDB, na convenção do partido, em Brasília. Os delegados do partido terão apenas de confirmar o que foi decidido ontem pela cúpula tucana, durante um almoço na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves (MG).
A novidade no comando nacional tucano é Renata Covas, filha do governador Mário Covas, morto em março. "É o reconhecimento pela militância dela e uma homenagem ao governador Covas", diz Almir Gabriel. O convite, já aceito, marcou também a decisão de Renata de disputar um mandato legislativo em 2002.
Depois de recusar candidatura à prefeitura de Santos, Renata vai tentar uma vaga de deputada federal ou estadual. A filha de Covas virá a Brasília com a mãe, Lila. Assessores da ex-primeira-dama de São Paulo afirmaram que o cancelamento da sessão do Senado em que Covas seria homenageado para impedir a leitura do requerimento que pedia a CPI da Corrupção, na semana passada, já foi superado pela família.
Na ocasião, Lila Covas defendeu a instalação da CPI, arquivada por uma manobra governista que implicou na liberação de verbas orçamentárias para deputados. Ontem, o ministro da Saúde, José Serra, chamou de "eleitoralismo" a tentativa da oposição de aprovar uma CPI no Senado.
O senador José Eduardo Dutra (PT-SE), que comanda a coleta de assinaturas, afirma ter conseguido a adesão de 22 senadores, incluindo Fernando Bezerra (PMDB-RN), recém-saído do ministério da Integração Nacional.

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Deputado federal licenciado, José Aníbal substitui o senador Teotônio Vilela (AL) com a missão de recuperar a imagem do partido do presidente Fernando Henrique Cardoso. As causas mais recentes do desgaste tucano são as denúncias de corrupção envolvendo parlamentares governistas e ex-ministros de FHC, as tentativas do governo de evitar a instalação de uma CPI para investigá-las e o risco iminente de apagões.
O governador do Pará, Almir Gabriel, e o líder do PSDB na Câmara, Arthur Virgílio (AM), devem ficar com a primeira e a segunda vice-presidências. Os outros seis governadores tucanos também terão assento na Executiva Nacional do partido.



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