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Estréia de empreiteira no Maranhão foi sob Roseana
TCU suspendeu contrato feito com a Gautama em 2000
ELVIRA LOBATO
ENVIADA ESPECIAL A SÃO LUÍS
O relacionamento do governo do Maranhão com a Gautama, acusada pela Polícia Federal de pagar propinas a autoridades e a funcionários públicos
para obter obras públicas, começou no governo de Roseana
Sarney (PMDB), em 2000.
A Gautama e a construtora
OAS, ambas baianas, foram
contratadas para duplicar a
adutora Italuis, que abastece de
água a capital, São Luís.
O contrato, de cerca de
R$ 300 milhões, está suspenso
por determinação do TCU (Tribunal de Contas da União), que
identificou várias irregularidades -de falta de licenciamento
ambiental a indícios de superfaturamento de preços.
O relacionamento da Gautama com o Maranhão estreitou-se no governo José Reinaldo
Tavares (2003-2006), que foi
vice de Roseana e elegeu-se governador apoiado pela família
Sarney. Em 2004, Tavares
rompeu com o clã Sarney.
Segundo o líder da oposição
na Assembléia Legislativa do
Estado, Ricardo Murad
(PMDB), cunhado de Roseana,
além de contratar a Gautama
para construir pontes onde havia estradas vicinais construídas, Tavares escolheu a empresa para pavimentar trechos da
BR-402, cujo contrato também
estaria sob investigação.
O atual governador do Estado, Jackson Lago (PDT), é
igualmente acusado pelo grupo
político da família Sarney de ter
beneficiado a empreiteira.
Roseana afirmou, por meio
de sua assessoria, que durante
suas duas gestões (1995-2002)
havia uma comissão de licitação responsável pelas concorrências e, ainda, que suas contas foram aprovadas. A Folha
tentou, sem sucesso, obter explicações do governo.
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