São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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Estréia de empreiteira no Maranhão foi sob Roseana

TCU suspendeu contrato feito com a Gautama em 2000

ELVIRA LOBATO
ENVIADA ESPECIAL A SÃO LUÍS

O relacionamento do governo do Maranhão com a Gautama, acusada pela Polícia Federal de pagar propinas a autoridades e a funcionários públicos para obter obras públicas, começou no governo de Roseana Sarney (PMDB), em 2000.
A Gautama e a construtora OAS, ambas baianas, foram contratadas para duplicar a adutora Italuis, que abastece de água a capital, São Luís.
O contrato, de cerca de R$ 300 milhões, está suspenso por determinação do TCU (Tribunal de Contas da União), que identificou várias irregularidades -de falta de licenciamento ambiental a indícios de superfaturamento de preços.
O relacionamento da Gautama com o Maranhão estreitou-se no governo José Reinaldo Tavares (2003-2006), que foi vice de Roseana e elegeu-se governador apoiado pela família Sarney. Em 2004, Tavares rompeu com o clã Sarney.
Segundo o líder da oposição na Assembléia Legislativa do Estado, Ricardo Murad (PMDB), cunhado de Roseana, além de contratar a Gautama para construir pontes onde havia estradas vicinais construídas, Tavares escolheu a empresa para pavimentar trechos da BR-402, cujo contrato também estaria sob investigação.
O atual governador do Estado, Jackson Lago (PDT), é igualmente acusado pelo grupo político da família Sarney de ter beneficiado a empreiteira.
Roseana afirmou, por meio de sua assessoria, que durante suas duas gestões (1995-2002) havia uma comissão de licitação responsável pelas concorrências e, ainda, que suas contas foram aprovadas. A Folha tentou, sem sucesso, obter explicações do governo.


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