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Discurso na convenção tentará acalmar mercado
PLÍNIO FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva,
inicia hoje uma tentativa de isolar
associações de um eventual governo do partido à ampliação da
crise econômica.
Se a tensão no mercado financeiro não exigir uma antecipação,
esse esforço vai culminar com o
discurso de encerramento da convenção nacional do PT, dias 28 e
29 em São Paulo, no qual o partido se comprometerá a uma gestão econômica sem choques e
cumpridora dos contratos internacionais firmados pelo país.
Hoje, Lula será o segundo presidenciável a participar de audiência da Câmara de Relações Exteriores. Seguindo a linha de tranquilizar parceiros externos, o petista dirá que é favorável à integração comercial, mas apontará que
empresários e trabalhadores estão fora das discussões da Alca
(Área de Livre Comércio das
Américas). Dirá que há riscos de
saída de indústrias do país com a
Alca e o consequente aumento do
desemprego, o que não estaria
sendo discutido pela sociedade.
Ontem pela manhã o petista
passou duas horas com o fotógrafo J.R. Duran, produzindo as imagens oficiais de sua campanha.
Durante a tarde, dedicou-se a
compromissos familiares.
De acordo com sua assessoria,
esses compromissos, "de caráter
inadiável", impediram a sua presença em encontro de presidenciáveis promovido pela Confederação Nacional da Construção Civil, em Brasília. Lula foi o único
ausente.
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