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Vaivém político marcou gestão
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O temperamento de Itamar
Franco deixou marcas nos três
anos e meio do seu governo. Desde janeiro de 1999, quando tomou
posse, muitos foram os tapas e os
beijos que trocou com políticos.
Itamar foi eleito com o apoio do
PT e do senador José Alencar. Os
petistas integraram seu governo,
mas deixaram o barco itamarista
em junho de 2000, na primeira
greve de professores.
Itamar também rompeu com
Alencar. Na disputa do governador contra a cúpula do PMDB para se tornar um presidenciável,
Alencar, então presidente interino do PMDB-MG, se recusou a
assinar um documento para convocar o diretório nacional. O governador então exonerou por um
dia o secretário da Saúde Armando Costa, que voltou a ocupar a
presidência regional do partido só
para assinar o documento. Alencar então rompeu com Itamar.
Após a derrota de seu projeto
presidencial no PMDB, Itamar se
reaproximou do PT e de Alencar.
Com Newton Cardoso também
foi assim. Itamar elogiou muitas
vezes a "lealdade" do vice, mas foi
barrado por Newton quando cogitou a reeleição. Itamar demitiu
os newtistas, mas ficou isolado no
PMDB, já que o vice não abriu
mão de ser indicado candidato.
E, finalmente, Itamar cedeu ao
PSDB, partido que fez dura oposição à sua gestão. Agora ele quer
um tucano para ser seu sucessor.
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