São Paulo, quarta-feira, 19 de junho de 2002

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Vaivém político marcou gestão

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O temperamento de Itamar Franco deixou marcas nos três anos e meio do seu governo. Desde janeiro de 1999, quando tomou posse, muitos foram os tapas e os beijos que trocou com políticos.
Itamar foi eleito com o apoio do PT e do senador José Alencar. Os petistas integraram seu governo, mas deixaram o barco itamarista em junho de 2000, na primeira greve de professores.
Itamar também rompeu com Alencar. Na disputa do governador contra a cúpula do PMDB para se tornar um presidenciável, Alencar, então presidente interino do PMDB-MG, se recusou a assinar um documento para convocar o diretório nacional. O governador então exonerou por um dia o secretário da Saúde Armando Costa, que voltou a ocupar a presidência regional do partido só para assinar o documento. Alencar então rompeu com Itamar.
Após a derrota de seu projeto presidencial no PMDB, Itamar se reaproximou do PT e de Alencar.
Com Newton Cardoso também foi assim. Itamar elogiou muitas vezes a "lealdade" do vice, mas foi barrado por Newton quando cogitou a reeleição. Itamar demitiu os newtistas, mas ficou isolado no PMDB, já que o vice não abriu mão de ser indicado candidato.
E, finalmente, Itamar cedeu ao PSDB, partido que fez dura oposição à sua gestão. Agora ele quer um tucano para ser seu sucessor.


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