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Crise financeira afeta o Estado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A gestão Itamar Franco está
sendo marcada também pela crise
financeira, que o governador credita ao governo federal em razão
das parcelas mensais da dívida
com a União. Com poucos recursos para investimentos e dívidas
acumuladas, a questão financeira
une também Itamar e Aécio Neves, que se empenha para que o
governo FHC ajude o Estado.
Aécio já declarou que, da forma
como está, a "governabilidade"
corre riscos. Conseguiu que FHC
e o ministro Pedro Malan (Fazenda) ajudassem o Estado, abrindo
negociações acerca de créditos cobrados pelo Estado, que podem
chegar a R$ 1,5 bilhão.
Mas essa ajuda sempre foi também uma condição imposta por
Aécio ao PSDB nacional para que
ele dispute o governo de Minas.
Teme assumir o governo em meio
a um caos financeiro que torne
sua eventual gestão inviável.
Minas fechou 2001 com um déficit fiscal de R$ 1,334 bilhão. A cada mês deste ano, o caixa fica mais
R$ 83 milhões no vermelho.
A dívida com fornecedores é de
aproximadamente R$ 5 bilhões. À
União, Minas deve R$ 28 bilhões.
Recentemente, sem dinheiro
para pagar as parcelas de abril da
dívida com a União, o governo federal bloqueou R$ 67,5 milhões
de repasses do FPE (Fundo de
Participação dos Estados). Isso
atrasou o pagamento dos salários
dos servidores em abril e maio.
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